O reajuste real (acima da inflação) de 5,87% que o governo definiu para salário mínimo a partir de 2010 – fixado em R$ 510 – mobilizou os representantes dos aposentados, ao longo do dia de hoje, para tentar aumento maior também para a categoria. O presidente da Confederação Brasileiras dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Gonçalles, afirma que a entidade passou o dia telefonando para deputados para tentar incluir uma emenda que garantisse um reajuste de 7,7% em vez de 6,2%. Segundo ele, com o reajuste do mínimo para R$ 510 fará com que 250 mil aposentados passem a ganhar salário mínimo.
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– É um presente de grego que o presidente está dando para os aposentados – avaliou Gonçalles.
De acordo com cálculos da federação, caso se mantenham reajustes maiores para quem ganha o mínimo do que para aposentados que ganham mais, em 2022 mais de 90% dos aposentados que hoje estão acima da faixa mais básica por terem contribuído com um percentual maior de seu salário quando estavam na ativa estarão recebendo salário mínimo. Hoje, segundo a Cobap, cerca de 16 milhões recebem o mínimo e 8,1 milhões, acima disso.
– O que dá para comprar com o salário mínimo? Muito pouco. O preço dos remédios, por exemplo, sobe em um ano 10% ou 15%, bem mais do que os aumentos do governo – reclama o representante dos aposentados.
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