O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fará o primeiro pagamento de benefícios com reajuste anual em 2023 entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. As datas foram definidas no novo calendário de pagamentos para o próximo ano e divulgado nesta quinta-feira (8). O benefício vale para 37 milhões de beneficiários no país.

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Os segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 1º de fevereiro com o reajuste da inflação acumulada em 2022.

Os dias exatos do primeiro depósito com reajuste anual, referente à competência de janeiro, variam conforme o final do benefício, sem o dígito que aparece depois do traço. O segurado deve verificar o número do benefício (NB), que tem dez dígitos e aparece no seguinte formato: 999.999.999-9. É preciso considerar o penúltimo algarismo. Segundo o INSS, para aqueles que recebem seu benefício há algum tempo, vale a data habitual.

Primeito benefício com reajuste

Para quem recebe até o salário mínimo, com final:

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  • 1 – 25/jan
  • 2 – 26/jan
  • 3 – 27/jan
  • 4 – 30/jan
  • 5 – 31/jan
  • 6 – 01/fev
  • 7 – 02/fev
  • 8 – 03/fev
  • 9 – 06/fev
  • 0 – 07/fev

Para quem recebe acima do salário mínimo, com final:

  • 1 e 6 – 01/fev
  • 2 e 7 – 02/fev
  • 3 e 8 – 03/fev
  • 4 e 9 – 06/fev
  • 5 e 0 – 07/fev

Como funcionam os reajustes

Para os beneficiários que recebem mais do que o salário mínimo (R$ 1.212, em 2022), o governo aplica o reajuste da inflação registrada no ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para corrigir benefícios previdenciários e salários.

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O índice final de reajuste que será aplicado para esses beneficiários sairá no dia 10 de janeiro de 2023, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o resultado da inflação acumulada de janeiro a dezembro de 2022.

O INPC, que mede a inflação das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, acumula alta de 5,21% de janeiro a novembro deste ano. O resultado da inflação acumulada até novembro de 2022 foi divulgado na última sexta (9).

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Na previsão para a inflação de 2022, divulgada no Boletim Macrofiscal de novembro, o governo federal havia estimado um reajuste de 6% nas aposentadorias do INSS acima do piso. Com a desaceleração de preços, agora o governo estima que o INPC feche o ano em 5,81%.

O índice de reajuste anual também altera a tabela de contribuições à Previdência usada para definir o valor dos descontos nos salários dos trabalhadores.

Salário mínimo de 2023

Já para benefícios iguais ao salário mínimo, valerá o valor definido pelo governo federal para o piso nacional em 2023. Aposentadorias, pensões, auxílios-doença e Benefício de Prestação Continuada não podem ser menores que o salário mínimo.

Confira a íntegra do discurso de Lula na cerimônia de diplomação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou nesta segunda-feira (12) uma Medida Provisória (MP) para elevar o salário mínimo a R$ 1.302 a partir de 1º de janeiro de 2023. O aumento representa um reajuste de 7,4% em relação aos atuais R$ 1.212.

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O índice de 7,4% já estava na proposta de Orçamento do governo, mas representava a inflação esperada para este ano, antes da desaceleração de preços. Agora, como a previsão é que o INPC encerrará o ano a 5,81%, o ganho real ficaria então “em torno de 1,5%”. Será o primeiro reajuste acima da inflação desde 2019.

A equipe de Lula quer retomar a política de valorização do salário mínimo, como ocorreu entre os anos de 2006 e 2019. A regra anterior levava em consideração a inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Agora, uma proposta é fazer uma média do PIB dos últimos cinco anos.

Caso o governo eleito defina um valor maior do que os R$ 1.302 para 2023, Lula precisaria editar uma nova MP no início de seu mandato.Nas diretrizes econômicas apresentadas no plano de governo no primeiro turno, o aumento real do mínimo constava como um dos principais pontos, o que foi reafirmado na Carta para o Amanhã.

O reajuste acima da inflação foi implantado por Lula e transformado em lei por Dilma Rousseff, com validade somente até 2019. O governo Bolsonaro acabou com a valorização.

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*Por Luciana Lazarini

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