Uma mulher de 62 anos vai responder na Justiça por ter furtado um idoso de Taió, no Alto Vale do Itajaí. A investigação da polícia aponta que por mais de dois anos ela se aproveitou da confiança do aposentado doente com a justificativa de ajudá-lo e retirou uma verdadeira fortuna das contas dele. 

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O prejuízo é estimado em cerca de R$ 370 mil. 

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O caso veio à tona no ano passado quando a filha do casal, que estava afastada dos pais para tratar um câncer, recebeu uma ligação da operadora do plano de saúde dos idosos. A empresa informava que a fatura não estava sendo paga. A situação chamou atenção porque era uma conta em débito automático e, além da poupança, o pai recebe mensalmente a aposentadoria. 

Mesmo doente a filha foi ao banco e lá descobriu que as contas do pai tinham sido zeradas e estavam, inclusive, com saldo negativo. Não bastasse, ainda havia empréstimos a serem pagos. Os extratos mostram saques e transferências de valores altos feitos pela mulher. 

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Conforme as investigações, ela se aproximou dos idosos com a justificativa de ajudá-los como forma de pagar uma promessa. A golpista dizia que tinha vencido um câncer e durante o tratamento se comprometeu a ajudar o próximo caso fosse curada. Assim passou a levar o idoso ao banco, já que era ele que tinha o dinheiro. Também levava o casal ao mercado e foi ganhando a confiança deles e teve acesso aos cartões e senha. 

O delegado Diones Pavoni conta que as imagens dos caixas eletrônicos mostram a falsa caridosa fazendo os saques. Em alguns casos ela transferiu o dinheiro da conta do idoso direto para a dela. Outras vezes ludibriou o senhor de 75 anos e vítima de AVC para que ele retirasse o dinheiro do banco e entregasse a ela. Foram cerca de R$ 240 mil retirados entre setembro de 2019 e fevereiro de 2021. 

A situação se revelou ainda pior quando os investigadores perceberam que a mulher fez seis empréstimos no nome do idoso na ordem total de R$ 130 mil. 

A Polícia Civil de Taió indiciou a mulher pelos crimes de furto qualificado e estelionato, cujas penas máximas podem chegar a 13 anos de prisão. Ela vai responder em liberdade.

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