Explodem greves em vários pontos. Consequências: alunos sem aula, população a pé, doentes sem atendimento, sociedade desguarnecida etc. A greve é um direito, mas não deve estar acima do bom senso. O ponto de equilíbrio deve ser a grande meta. Nem tudo pode ser do jeito que se quer, porque “o meu direito termina onde começa o do outro”. As paralisações de atividades nos vários setores do serviço público causam grande desconforto e repulsa da população, pois é ela que paga os salários de quem lida com a coisa pública. Isso sem falar nos constantes fechamentos de vias urbanas, desrespeito à Carta Magna.

Continua depois da publicidade

É curioso ou talvez extravagante constatar que há um flagrante desrespeito às leis vigentes. Isso é claramente visto por ocasião das greves, ao serem consideradas abusivas e/ou ilegais.As ordens judiciais são desrespeitadas, fragilizando o poder das autoridades. Partindo do princípio de que ninguém está acima da lei, cabe a todos os cidadãos respeitá-la, sob pena de nos transformarmos numa espécie de terra de ninguém. É lógico que autoridade não rima com autoritarismo e muito menos com violência de quem quer que seja. Mas para evitar que tais distorções ocorram é indispensável que não haja desobediência civil.

Nos dias atuais falar em obediência parece que se trata de subserviência. Contudo, estes dois termos não são sinônimos. Obedecer é ter a capacidade de respeitar o que deve ser respeitado; já, subserviência significa estar sujeito à vontade de outrem Em resumo: toda moeda tem duas faces, mas nenhuma está sujeita a outra. Ou como se fala, conversando a gente se entende. Aí está o caminho para evitar as detestáveis greves. Harmonia total nunca, mesmo porque “cada cabeça é uma sentença”. Contudo, povo civilizado sempre encontra um denominador que solucione as diferenças.