O relato de uma menina de cinco anos à Polícia Civil de Santa Rosa do Sul, de que teria sido abusada sexualmente por um aposentado de 76 anos está sendo investigado no Sul de Santa Catarina. O caso, que deve ser encaminhado para a esfera judicial na próxima semana, deve desencadear novas denúncias, segundo o delegado Ari José Soto Riva, que acompanha as investigações.
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Acompanhada da mãe e de outras duas garotas, a menina foi ouvida pelos policiais na tarde da última quarta-feira. As duas garotas também disseram ter sofrido abuso sexual.
Na delegacia, a criança contou que foi convidada a tomar um suco na casa do aposentado. Chegando lá, ele teria passado a mão sobre as partes genitais da menina, mas não teria abaixado as roupas dela.
De acordo com Riva, o caso teria ocorrido no dia 24 de janeiro e as investigações seguem para a fase final nos próximos dias.
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– Logo depois da denúncia, feita pela mãe da criança, ouvimos primeiro o acusado e cheguei a acreditar na versão dele. Mas os relatos da menina e de outras duas garotas apontam que ele possa de fato ter cometido o crime de estupro de vulnerável – explica.
Como são menores de idade, mesmo o toque nas partes genitais é classificado como estupro de vulnerável porque a vítima não teria condições de se defender.
Segundo os depoimentos, o aposentado convidaria as meninas, sempre entre três e oito anos, para visitar sua casa, ofertando sucos e doces. O suspeito mora sozinho no Centro da cidade, perto da Vila Albina, uma região considerada tranquila.
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Até o momento, apenas o relato da menina de cinco anos está sendo usado no inquérito policial. Apesar disso, o delegado acredita que outros casos devem ser conhecidos a partir de agora.
– As famílias têm vergonha de denunciar este tipo de agressão, mas a visibilidade deste caso deve incentivá-las para que novas denúncias sejam feitas.
A cidade tem aproximadamente 8 mil habitantes e fica no Sul de Santa Catarina, mas nem por isso livre deste tipo de crime. Conforme levantamento preliminar feito pelo delegado, pelo menos outros 15 casos semelhantes foram registrados nos últimos dois anos na área de cobertura da Delegacia Civil de Santa Rosa do Sul.
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