A aposentada Rozevelde da Silva, 56 anos, voltou a se acorrentar em um protesto no Centro de Joinville na manhã desta sexta-feira. No ano passado, ela já havia se acorrentado duas vezes nas grades do Hospital São José e outra em frente à Prefeitura pela demora no agendamento de uma cirurgia no quadril.
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Após conquistar a prótese, agora ela se prendeu a um poste de iluminação pública na Praça da Bandeira porque não consegue mais a medicação necessária para o tratamento na unidade de saúde.
Segundo Rozevelde, ela recebia a medicação para circulação na Univille com uma receita prescrita pelo Posto de Atendimento Médico (PAM) do Boa Vista. No entanto, a aposentada alega que, com a saída da médica angiologista da unidade, não conseguiu mais atualizar a receita para retirar os remédios na universidade.
-É um descaso muito grande. Então, em época de eleição, decidi me acorrentar para que o povo perceba que a saúde tem que ser prioridade-, explica.
Sem a medicação, as pernas de Rozevelde estão inchadas e com manchas. Ela teme que possam surgir feridas e complicações decorrentes da falta do remédio, que precisa tomar duas vezes ao dia. Desde às 8 horas acorrentada ao poste, ela promete que o protesto vai durar até o fim do dia.
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Contraponto
A Prefeitura informou que a médica angiologista Ana Maria Caldana, que atendia aos pacientes no PAM do Boa Vista, terminou o contrato em 19 de julho. As pessoas que eram atendidas por ela foram redirecionadas para cirurgiões vasculares da rede pública. Esses profissionais também estão habilitados a prescreverem os medicamentos necessários para o tratamento como o da aposentada Rozevelde.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, o PAM do Boa Vista vai encaminhar o caso de Rozevelde a um cirurgião vascular para que a situação seja avaliada. A consulta da aposentada foi marcada para a próxima quarta-feira, às 13h30.