De uma hora para a outra, a paz chegou ao Palmeiras. Até a vitória contra o Grêmio, dia 13, no Olímpico, o clube vinha sendo sacudido por crises, como a queda nas quartas de final do Paulistão, o sequestro-relâmpago de Valdivia e as queixas públicas de Luiz Felipe Scolari quanto à baixa qualidade dos reforços contratados.

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Jornalistas que cobrem o time diariamente revelam surpresa com o momento. Para eles, o normal é o clima de permanente tensão, que não melhorava mesmo nas vitórias, como atesta o repórter Fred Júnior, da Rádio Joven Pan (SP).

– Scolari passava a impressão de que só esperava dezembro chegar para ir embora. Agora, está mais animado. É inegável, de uns dias para cá, o quadro melhorou – observa Fred.

Situações que antes poderiam gerar um clima ruim, agora são abafadas rapidamente. É o caso das críticas do centroavante Barcos ao goleiro Bruno, por falha no gol marcado de falta por Juninho no jogo contra o Vasco, domingo, pelo Brasileirão.

– Barcos veio conversar comigo. Pediu desculpas e está tudo bem. Nunca tivemos problema e não será isso que vai atrapalhar nosso bom ambiente – avisa o jovem goleiro.

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Ainda assim, não há manifestações de euforia. Para que o time entre concentrado, é citado o episódio das semifinais da Copa Sul-Americana de 2010. O Palmeiras (já treinado por Felipão) venceu o Goiás em Goiânia, mas foi eliminado no Pacaembu.

O vice de futebol, Roberto Frizzo, recorda os históricos confrontos entre Grêmio e Palmeiras – e não se deixa contaminar pelo entusiasmo dos torcedores, que, já na segunda-feira, esgotaram os 26 mil ingressos postos à venda. Com uma frase paradoxal, Frizzo sintetiza:

– Quem raciocina com a paixão tem uma visão diferente.

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