Após visitar o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, o presidente Jair Bolsonaro afirmou "não ter dúvidas" de que o nazismo foi um movimento de esquerda. A declaração foi feita em entrevista coletiva no final da agenda oficial do presidente nesta terça-feira (2).

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Ao ser questionado sobre as afirmações do chanceler Ernesto Araújo que definiu o nazismo como de esquerda, Bolsonaro disse concordar com seu ministro das Relações Exteriores.

— Não há dúvida. Partido Socialista… como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da Alemanha — afirmou.

As declarações, porém, são contrárias ao que diz o próprio museu visitado. No site, o memorial afirma que Partido Nazista da Alemanha era um dos muitos "grupos radicais de direita": na época, segundo o site, havia um "solo fértil" para o "crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista".

Além do museu, o local também conta com um centro de pesquisas sobre o nazismo.

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O museu recorda a morte de 6 milhões de judeus, no movimento liderado por Adolf Hitler no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Durante a visita, Bolsonaro afirmou ainda:

— Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro — disse o brasileiro, depois de visitar a exposição de fotos "Flashes of Memory" e assinar o livro de honra.

O presidente fica em Israel quarta-feira (3).