A Fundação do Meio Ambiente (Fundema) aguarda a entrega de documentos da Döhler nesta segunda para definir se fará nova coleta de amostras no rio Cachoeira.

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O pedido foi feito durante fiscalização depois que o rio foi tomado por uma mancha vermelha, no sábado, em Joinville. Dependendo do conteúdo do documento, novas amostras serão colhidas nos pontos atingidos pelo vazamento.

A mancha vermelha apareceu no rio na manhã de sábado. A Fundema e a Polícia Militar Ambiental foram pegas de surpresa quando receberam telefonemas de moradores relatando o problema. O rastro começava no bairro Santo Antônio, perto do Distrito Industrial, e continuava até a Câmara de Vereadores, no Saguaçu.

Amostras do resíduo foram coletadas por equipes da Fundema e Polícia Militar Ambiental no rio, na estação de tratamento da Döhler, na saída da rede pluvial e em uma galeria próxima. O resultado do primeiro laudo deve sair em dez dias. E o segundo, que será mais detalhado, sai em um mês.

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Se for confirmada, por laudo, a responsabilidade da empresa, pode haver multa de R$ 50 a R$ 50 milhões, aplicada pela Polícia Ambiental. O valor, segundo o policial Dario Aires Martins Júnior, vai depender da substância que caiu no rio e do impacto ambiental causado pelo produto. Segundo Dario, o fato de a empresa ter assumido o vazamento pode ajudar a reduzir a punição.

Conforme o policial Dario, a subida de maré no meio da tarde conteve a mancha. O policial descreveu o produto no Cachoeira como uma substância quente, que na avaliação da Fundema estava com 29°C no começo da tarde, quando o normal, para o rio, seria no máximo 19°C.

Durante a fiscalização, segundo a Fundema, a média de vazamento do corante vermelho chegava a mil litros por hora. A multa da fundação, caso seja aplicada, pode chegar a R$ 465 mil.

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