Em conversa por telefone com a reportagem do jornal A Notícia, o ex-comandante do 8º Batalhão da PM de Joinville, que pediu demissão da Força Nacional de Segurança e escreveu um email que acabou sendo reproduzido pelos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, disse que precisa ficar sereno nesse momento de turbulência.
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Moreira tem sido procurado por jornais, rádios e emissoras e televisão de todo o País para explicar o email. O texto teria sido enviado a apenas seis pessoas e acabou vazando para a imprensa.
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– É um momento que tenho que ficar muito sereno – disse. Ao conversar sobre a polêmica, ele preferiu não comentar o email, nem o que o motivou a escrevê-lo.
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Adilson Moreira ficou conhecido entre os colegas da PM de Joinville por ter posições muito firmes, mesmo em momentos de pressão. Ele deixou o comando do 8º Batalhão da Polícia Militar em junho de 2014.
Um dos principais fatos que marcaram a passagem dele à frente da corporação foi a briga entre as torcidas de Vasco e Atlético-PR, na Arena Joinville, em dezembro de 2013.
Na época, Moreira afirmou que a PM não estava fazendo a segurança interna da partida porque o local era de responsabilidade de uma empresa privada.
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Filho da primeira vereadora mulher de Joinville, Moreira foi bastante parabenizado por amigos nas redes sociais pela atitude tomada ao deixar a chefia da Força Nacional.
Contraponto
O Ministério da Justiça, que administra a Força Nacional, afirmou por meio de assessoria de imprensa que as declarações de Moreira podem implicar em falta disciplinar e deslealdade administrativa. Leia a nota na íntegra:
Contraponto
Por meio de nota, o Ministério da Justiça, que coordena a Força Nacional de Segurança, se posicionou sobre o caso:
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“O Ministério da Justiça tomou ciência da mensagem do coronel Adilson Moreira, diretor-substituto da Força Nacional (FN), dirigida aos tenentes-coronéis da Força, por meio da imprensa e, considerando graves as declarações que podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa, resolveu instaurar inquérito administrativo e submeter a matéria à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma vez que o coronel mencionou o nome da senhora Presidenta. Foi também solicitado à Advocacia Geral da União que verifique o cabimento de eventuais medidas judiciais”.
(Colaborou Anderson Silva)