Um mês após o acidente que lhe arrancou o couro cabeludo, a gaúcha Fernanda Dryer, 22 anos, ainda se recupera do trauma no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Sem previsão de alta médica, a jovem passa bem e permanece na companhia do noivo.
Continua depois da publicidade
Fernanda teve o couro cabeludo arrancado após um acidente no mini kart do parque Beto Carrero World, em Penha, na manhã do dia 2 de fevereiro. A jovem foi socorrida e teve o cabelo reimplantado no mesmo dia.
– A Fernanda sobe a cada dia um degrau de uma escadaria longa – diz o pai, Elemar Dryer. Elemar, que durante o tratamento de Fernanda passou muitos dias em Itajaí, ontem estava no Rio Grande do Sul com a esposa. Na época do acidente, a mulher de Elemar estava grávida e deu à luz dia 21 de fevereiro.
Agora, ele se prepara para promover o reencontro de mãe e filha, que não se veem há um mês. Devido à gravidez, a mulher de Elemar não pôde viajar para visitar Fernanda e ficou sabendo sobre o estado da jovem somente por intermédio do marido.
– Estamos nos programando para ir a Itajaí. A Fernanda vai rever a mãe e conhecer o irmão, só estamos esperando os médicos da maternidade liberarem mãe e filho – diz.
Continua depois da publicidade
A assessoria de imprensa do parque informou que o mini kart continua fechado desde o dia do acidente e não há previsão de reabrir. O parque está prestando todo o auxílio à vítima e sua família.
Inquérito
Por estar no hospital, a gaúcha ainda não foi ouvida pela Polícia Civil de Penha no inquérito instaurado como forma de preservar as provas. O responsável pela delegacia da cidade, Alan Coelho, explica que como se trata de lesão corporal culposa, a polícia só pode prosseguir com a investigação se a vítima decidir representar criminalmente contra o parque.
Elemar Dryer diz que por enquanto a filha ainda não pensa nisso. Ela está focada na completa recuperação. De todo modo, Coelho deve entrar em contato com a família em breve para saber se Fernanda tem condições de dar alguns esclarecimentos.
Caso ela decida não representar, o caso será arquivado e as provas coletadas no local, além do depoimento de uma testemunha ouvida serão descartados. A jovem tem prazo de seis meses, a contar da data do acidente, antes que o caso prescreva, conforme Coelho.
Continua depois da publicidade