A estreia não foi a esperada, mas a confiança continua em alta. Após o empate com a Suíça (1-1), o Brasil encara a Costa Rica apostando na manutenção da equipe para buscar afirmação na Copa do Mundo da Rússia, nesta sexta-feira, em São Petersburgo.

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Dificuldade de penetração no ataque, abuso de jogadas pelo setor esquerdo, pouca movimentação dos volantes, desatenção na bola parada, nervosismo. Estes foram os diagnósticos para explicar o decepcionante empate com a Suíça na estreia no Mundial.

Mas, apesar dos problemas citados acima, Tite pretendia realizar apenas uma mudança na equipe que irá a campo para duelar com a Costa Rica, e não era tática: Marcelo passará a braçadeira de capitão a Thiago Silva no rodízio promovido pelo técnico.

Houve, porém, um contratempo: a lesão de última hora de Danilo, com dores no quadril após o treino desta quinta-feira, também obrigará o comandante a mexer na lateral-direita, promovendo a entrada da Fagner.

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Na quarta-feira, no último treino em Sochi antes de viajar para São Petersburgo, palco do segundo jogo no Mundial russo, Tite armou a equipe titular com a mesma formação da estreia, mantendo Paulinho na contenção e Gabriel Jesus na ponta do ataque.

A força no apoio ao ataque do volante do Barcelona, que disputa a vaga com Fernandinho e Renato Augusto, e a movimentação do atacante do Manchester City, que sofre com a sombra de Roberto Firmino no banco, são peças-chave para superar defesas com uma última linha de cinco jogadores, esquema que a Costa Rica utiliza e certamente colocará em campo contra o Brasil.

Mantendo praticamente a mesma equipe em campo, a missão de Tite será realizar ajustes para diversificar o sistema ofensivo do Brasil. Na estreia, a Seleção abusou do lado esquerdo do ataque, por onde jogam as maiores referências do elenco, Marcelo, Philippe Coutinho e Neymar, facilitando a marcação suíça.

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“Faltou girar mais a bola, usar mais o lado direito, que é muito forte. Vamos ajeitar isso para o próximo jogo”, admitiu na terça-feira Coutinho, autor do gol do Brasil na estreia.

Neymar ajudará Coutinho a armar o ataque do Brasil.

O craque do Paris Saint-Germain, que saiu de campo mancando após ser caçado pelos suíços, havia virado dúvida para a partida contra a Costa Rica ao deixar o treino de terça-feira com dores no tornozelo, mas tranquilizou a torcida brasileira ao participar da atividade de quarta.

“Treinei bem, me senti à vontade. O pé está tranquilo”, garantiu Neymar ao canal da CBF.

– Paredão costarriquenho –

Do outro lado do campo, o Brasil enfrentará uma Costa Rica desesperada. Após a derrota para a Sérvia (1-0), teoricamente o adversário mais acessível do Grupo E do Mundial, os costarriquenhos sabem que não podem se dar ao luxo de tropeçar novamente se quiserem repetir o feito da Copa passada, na qual alcançaram às quartas de final.

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“As chances de classificação foram reduzidas, mas a intenção continua. Conversamos no vestiário e tudo ainda não está acabado”, afirmou o técnico Oscar Ramirez após a derrota diante dos sérvios.

Embora não tenha funcionado como esperado na estreia, Ramirez deverá continuar apostando na linha de cinco defensores, com Gamboa, Acosta, González, Duarte e Oviedo à frente do goleiro Navas, como precaução contra o talento dos jogadores de ataque brasileiros, apostando em contra-ataques precisos para tentar surpreender a Neymar e companhia.

Na frente, a dúvida é se o técnico manterá Marco Ureña, que teve atuação apagada como titular contra os sérvios, ou se irá promover a volta do veterano Joel Campbell, estrela da seleção costarriquenha, mas que se transformou em opção de velocidade para o segundo tempo sob o comando de Ramirez.

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Brasil e Costa Rica se enfrentam nesta sexta-feira às 09h00, horário de Brasília, na Arena Zenit de São Petersburgo. A partida será apitada pelo trio holandês formado pelo árbitro Bjorn Kuipers, auxiliado por Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra.

– Prováveis escalações:

Brasil: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.

Técnico: Tite

Costa Rica: Navas; Gamboa, Gonzalez, Acosta, Duarte e Oviedo; Guzman, Borges, Ruiz e Venegas; Ureña (ou Campbell).

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Técnico: Oscar Ramirez.

* AFP