O final do primeiro trimestre de 2015 nos permite traçar um esboço melhor sobre o cenário do ano, mas ainda restam muitas dúvidas de como será sua continuidade.

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Com um começo de mandato conturbado, a presidente Dilma Rousseff já se viu enfrentada no Congresso, a ponto de ter de mudar ministros.

No quadro internacional, temos a China admitindo cada vez mais sua desaceleração, a Europa começando a implantar seu pacote de estímulos monetários e os Estados Unidos vendo, cada vez mais próxima, uma elevação da taxa básica de juros, a qual permanece perto de zero desde o fim de 2008.

Se no começo do ano os economistas pareciam receosos em apontar para o forte desequilíbrio da economia brasileira em 2015, quatro meses depois a situação é completamente oposta: mercado cada vez mais pessimista, projetando uma recessão de 1% a 2% em 2015, inflação muito acima do teto da meta de 6,5%, taxa básica de juros acima de 13% e um câmbio desvalorizando acima de R$ 3,20 para o fim de 2015.

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No cenário macroeconômico internacional, observamos na Europa o início do pacote de estímulos monetários e as taxas de desemprego já caindo em países como Espanha e Portugal. Além disso, em todos os países já existem sinais de recuperação. No entanto, ela promete ser lenta.

Do outro lado, os Estados Unidos devem crescer acima de seu potencial em 2015. Junto a isso, dados começam a indicar que o mercado de trabalho está cada vez mais sólido.

Nossa visão neste momento é de duas elevações de 0,25% ainda em 2015 dos juros norte-americanos. Com a diferença entre o crescimento do país e outros industrializados, como Japão e Europa, enxergamos uma das razões que nos colocam de frente a um novo cenário de valorização do dólar.

Continuamos positivos para investimentos atrelados à inflação, como títulos públicos e debêntures. Também continuamos recomendando a troca de investimentos na poupança para LCI e LCA. O momento atual é conturbado para a economia, mas muito bom para investimentos em renda fixa pelos altos rendimentos disponíveis.

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