Após três dias consecutivos de forte alta, que geraram ganhos acumulados de quase 19% na semana até ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta sexta-feira. Por volta das 11h11min, o índice Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro, marcava queda de 3,46%, aos 36.152 pontos.

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Um dos fatores que pesa sobre as votações é o anúncio da mineradora Vale – um dos principais pilares da Bovespa – que fará um ajuste em sua produção , por conta do cenário global de desaceleração econômica. Para isso, a companhia irá interromper temporariamente a operação de várias instalações e dará férias coletivas ao funcionário.

Além disso, também repercute o fraco resultado da economia dos EUA, onde a renda dos consumidores aumentou 0,2% em setembro em relação a agosto, quando a alta havia sido de de 0,4% segundo dados do Departamento de Comércio do país. Na Espanha, a economia local registrou retração no terceiro trimestre.

Outra fonte de influência sobre a bolsa é o corte promovido pelo Banco do Japão no juro básico do país pela primeira vez em sete anos, reduzindo a taxa para 0,30% ante 0,50%. A medida visa minimizar os efeitos da crise financeira global sobre a economia japonesa. No entanto, o corte foi inferior ao esperado pelos analistas, o que gerou recuo no mercado financeiro local.

Cenário externo

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Na Europa, as principais bolsas operem sem rumo definido, após três dias de recuperação dos indicadores. Os mercados ainda sofrem sob o impacto da forte queda registrada pela Bolsa de Tóquio.

Por volta das 10h40 (horário de Brasília), o FTSE-100, de Londres, caía 1,49%. Em Paris, a queda era de 1,75% e, em Milão, de 1,29%. Por outro lado, na Alemanha, o DAX avançava 0,76%, enquanto na Espanha o Ibex ganhava 0,25%. O mercado suíço apontava alta de 0,80%.

Na Ásia, o dia foi de perdas , mesmo com o corte nos juros do Japão. Na Bolsa de Tóquio, o. índice Nikkei encerrou em baixa de 5,01%. O indicador perdeu 452,78 pontos, a 8.576,98 unidades, encerrando uma série de altas vertiginosas. Tóquio encerrou assim com mais uma baixa considerável no complicado mês de outubro, no qual o Nikkei perdeu 23,83% do valor. No entanto, o balanço da semana foi melhor: +12,13%.

As informações são do site G1

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