Depois de Itália, Uruguai e Espanha, é a vez da Suíça.
O primeiro amistoso da Seleção Brasileira após a conquista da Copa das Confederações, às 15h45min desta quarta, na Basileia, indica uma tendência do segundo semestre. Após enfrentar sete campeões mundiais nos primeiros 12 confrontos do ano, o Brasil terá um calendário mais light nos sete jogos restantes do ano.
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>>> Acompanhe o jogo minuto a minuto a partir das 15h45min
Ao assumir o cargo, em novembro passado, o técnico Luiz Felipe Scolari ressaltou a importância de jogar contra seleções fortes. Mas só um adversário do segundo semestre – Portugal, em 10 de setembro _ está acima do Brasil no ranking da Fifa – a Seleção está em nono, os portugueses em sétimo. As partidas agendadas depois do título da Copa das Confederações são contra times de nível bem inferior: (46ª no ranking), Coreia do Sul (56ª) e África do Sul (67ª). Um jogo contra a China (95ª) também está previsto.
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– Adversários fracos podem dar uma falsa impressão de que está tudo bem – afirma o capitão do Tri, Carlos Alberto Torres.
Júnior, craque da Seleção de 1982, discorda:
– A prova de fogo foi na Copa das Confederações. No momento, não há mais tanta necessidade de testar o time. Hoje em dia uma equipe como a Suíça é bem treinada, tem vários jogadores que atuam fora do país. Não é como antigamente.
Os suíços, com seu sistema defensivo compacto, vão testar a testar a capacidade de infiltração do ataque brasileiro. Líderes do Grupo E das Eliminatórias europeias, sofreram só um gol em seis partidas. O time do alemão Ottmar Hitzfeld está invicto há nove jogos – levou gol apenas em três.
Cafu, bicampeão mundial em 1994 e 2002, chama a atenção para a dificuldade de se marcar compromissos com grandes seleções em período de Eliminatórias.
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– O calendário nem sempre possibilita enfrentar times mais fortes, pois várias seleções estão envolvidas com as Eliminatórias – justifica.
Esta quarta é uma das poucas datas Fifa do ano que não terão rodada das Eliminatórias – Irlanda do Norte e Rússia jogam, mas é uma partida que foi adiada por nevasca. Depois, só em 19 de novembro para achar um adversário campeão mundial descompromissado. A CBF ainda não confirmou o adversário da última partida no ano, que deve ocorrer nos Estados Unidos.
Em uma questão os ex-laterais da Seleção são unânimes: não há mais tempo para testes. No grupo que Felipão levou para a Suíça, apenas o lateral-esquerdo Maxwell não estava na Copa das Confederações.
– Chega de dar chance para todo mundo. Agora, o cara vai ter de aparecer arrebentando, jogando muita bola se quiser ter uma chance. Acabou a hora de experiências – adverte Torres.
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Carlos Alberto Torres, capitão no tricampeonato mundial
“O correto para testar o time é jogar contra seleções de muito bom nível, para manter o nível de competitividade. Ainda mais pelo fato de não termos nenhuma competição até a Copa.”
Júnior, lateral nas Copas de 82 e 86 e comentarista da Rede Globo
“No momento, não há mais tanta necessidade de testes. Felipão já tem uma equipe definida; agora, é manter o grupo e o bom nível da Copa das Confederações.”
Cafu, capitão no pentacampeonato mundial
“Tanto a Suíça como a África do Sul são bons testes. E, independentemente do adversário, a Seleção tem que impor o seu futebol.”
OS PRÓXIMOS TESTES
7 de setembro
Mané Garrincha, em Brasília
Brasil x Austrália
10 de setembro
Estádio Gillette, em Boston (EUA)
Brasil x Portugal
11 de outubro
Na China*
China x Brasil
15 de outubro
Na Coreia do Sul*
Coreia do Sul x Brasil
15 de novembro
Na África do Sul*
África do Sul x Brasil
19 de novembro
Nos Estados Unidos*
Brasil x adversário indefinido
*A confirmar