Depois de passar mais de 60 dias hospitalizado, o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, baleado por bandidos durante o assalto a banco em Criciúma, no Sul de SC, segue em tratamento para recuperar a fala e os movimentos. Ele foi acomodado em um quarto adaptado, na casa dos pais, onde tem acompanhamento integral de enfermeiros. 

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Segundo relato de um amigo, desde o dia 5 de fevereiro, quando teve alta do hospital, o soldado é submetido a tratamento de fisioterapia e fonoaudiologia duas vezes ao dia. A recuperação, no entanto, é lenta. 

Esmeraldino foi atingido no abdômen no dia 30 de novembro, em um confronto com o comboio de criminosos que havia atacado a sede do 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma. 

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A viatura do militar seguia até a agência bancária para averiguar um disparo de alarme, quando os policiais souberam do ataque ao quartel e retornaram. No caminho, a guarnição se deparou com a quadrilha. Cinco PMs confrontaram com os bandidos e apenas Esmeraldino foi atingido.

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Jeferson Esmeraldino
Jeferson Esmeraldino (Foto: Arquivo Pessoal)

Custos com tratamento

No cômodo modificado para atender às necessidades de Esmeraldino, equipamentos médicos, ar-condicionado e uma cama hospitalar foram instalados. Todo o material foi custeado com ajuda de amigos e desconhecidos, que doaram valores em dinheiro para a campanha de auxílio ao soldado, através de doações no site ou por depósito. 

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Além do investimento do “quarto hospitalar” adaptado, o valor das doações tem contribuído para prover as despesas dos medicamentos diários. O restante do tratamento – equipe médica – é financiado pelo convênio do militar. 

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A Vakinha on-line segue aberta para contribuições. Até esta quarta-feira (10), a campanha adquiriu R$ 30.373,80 por meio do site. A meta, estipulada logo depois da internação e ainda quando não se tinha informações sobre como seria a recuperação do soldado, era de R$ 10 mil.

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Relembre o assalto

Uma quadrilha de assaltantes promoveu uma noite de terror em Criciúma, no Sul catarinense, entre a noite de 30 de novembro e a madrugada de 1º de dezembro de 2020. Cerca de 30 homens encapuzados atuaram no assalto a uma agência do Banco do Brasil localizada no Centro da cidade. Segundo a polícia, eles levaram cerca de R$ 80 milhões da agência.

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Os criminosos provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos à cidade, atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar e usaram pessoas como escudos – entre 10 e 15 pessoas foram feitas reféns, seis delas funcionários do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma que pintavam faixas nas ruas da cidade. Um policial militar ficou gravemente ferido.

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