Após surto de doenças de pele, creches de Santa Catarina voltam a funcionar

O número de casos de doenças de pele forçou a interrupção das atividades em creches e escolas de Santa Catarina. E, durante este período, as unidades passaram por uma limpeza geral para evitar novas contaminações. Em Taió, no Alto Vale do Itajaí, a prefeitura decidiu fechar as dez creches até a próxima segunda-feira, o que afeta a vida de cerca de mil crianças. Durante essa força-tarefa para evitar que a doença se espalhe, todos os brinquedos foram retirados dos armários para serem higienizados um a um. A Secretaria de Educação do município, Rozi Terezinha de Souza, garante que tudo isso era necessário. Ouça na reportagem:

Já o ensino fundamental em uma escola de Taió que teve as aulas suspensas devido às suspeitas retornaram às atividades nesta segunda-feira. Na cidade do Alto Vale do Itajaí, os primeiros foram no início do mês. Ao todo, já foram contabilizadas mais de 150 ocorrências. Quem aparece com sintomas, é orientado a procurar o posto de saúde, como informa Sirlene Duenes, diretora de Programas Sociais de Taió.

A primeira informação é de que se tratava de casos de impetigo. Porém, a Vigilância Epidemiológica do estado ainda está investigando, e suspeita que podem ser ocorrências de catapora. O infectologista Antônio Miranda diz que há semelhanças entre as duas doenças.

A Vigilância Epidemiológica aponta que é possível que os casos sejam de catapora com mudanças no padrão da doença, como lesões menores na pele e a ausência de febre. O contágio pode acontecer através da saliva. Para aumentar a proteção, o Ministério da Saúde estuda oferecer uma segunda dose da vacina. Na rede particular de saúde, essa segunda dose já existe. Miranda lembra que a imunização contra a catapora (também conhecida como varicela) entrou no calendário de vacinação na rede pública apenas em 2013.

Outras cinco cidades também tiveram unidades fechadas temporariamente devido aos casos registrados. A rede municipal de ensino de Imaruí, no Sul catarinense, e uma escola de Palhoça retomaram as aulas nesta segunda-feira. Na cidade da Grande Florianópolis, foram quatro casos registrados em um centro de educação infantil no bairro Furadinho. Em Imaruí, já eram 80 pessoas infectadas até a semana passada.

Outras duas cidades no sul do estado resolveram fazer a higienização sem precisar suspender as atividades, com a limpeza acontecendo durante o feriadão. Em Capivari de Baixo, uma professora e uma criança tiveram a infecção confirmada. Já em Criciúma, 11 crianças estavam de atestado em uma unidade de educação, além de quatro funcionários, uma professora, uma estagiária e duas serventes.

Em Brusque, no Vale do Itajaí, as aulas estão suspensas até amanhã em uma creche. Dez crianças e três servidores foram infectados. Em São José, há aulas nesta terça-feira em uma escola estadual onde havia 15 casos confirmados.