O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), exonerou, nesta sexta-feira, o secretário-geral da Mesa Diretora, Silvio Avelino, que havia sido colocado no cargo por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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A demissão ocorre em retaliação por Avelino ter participado, na quinta-feira, da reunião na qual líderes partidários desautorizaram a decisão do presidente interino e convocaram a sessão para eleger o sucessor do peemedebista na terça, e não na quinta, como queria o pepista.

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O regimento interno permite que o colégio de líderes convoque sessões extraordinárias para, inclusive, realizar eleições para a presidência da Casa. Os aliados de Cunha marcaram essa sessão para o mesmo horário em que a Comissão de Constituição e Justiça votaria o recurso de Cunha, último passo antes da votação de sua cassação no plenário da Câmara.

O objetivo deles é inviabilizar a sessão da CCJ, que não pode ser realizada no mesmo horário de uma sessão de eleição no plenário. Com a troca na Secretaria-Geral, Maranhão indica que vai tentar derrubar essa sessão de terça. Ele cogita colocar no cargo, inclusive, um assessor legislativo ligado ao PT.

O agora ex-secretário da Mesa Diretora foi comunicado de sua demissão na manhã desta sexta, pessoalmente, pelo próprio Waldir Maranhão.

— Waldir Maranhão avaliou que um secretário-geral da Mesa Diretora não pode fazer coisas à revelia do presidente da Casa — contou um dos assessores do presidente interino.

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Silvio Avelino relatou ao G1 que, ao informá-lo da exoneração, Maranhão lhe disse que precisava do cargo.

— Ele falou que a questão virou muito mais política do que técnica e que precisaria do cargo — disse o ex-secretário.

Afastado do comando da Câmara desde maio por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha renunciou à presidência da Casa nesta quinta em um pronunciamento no Legislativo.

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*ZH com informações do portal G1 e FolhaPress