O ex-líder de torcida organizada do Inter, Jorge Roberto Gomes Martins, o Hierro, 40 anos, deu entrada às 17h desta quinta-feira no Presídio Central. Com mandado de prisão decretada, ele se apresentou nesta quinta-feira à 2ª Vara do Júri de Porto Alegre.

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Hierro chegou na casa prisional conduzido por policiais civis e em seguida foi encaminhado para o setor de triagem. Nesta tarde ele passou por exames no Departamento Médico Legal (DML).

– Agora ele realmente vai cumprir a pena pelos crimes que cometeu. Ficamos satisfetios com o trabalho da Polícia Civil, que fez o inquérito, depois virou denúncia do Ministério Público e a Justiça decretou a prisão. Então estamos tirando das ruas uma pessoa que poderia voltar a fazer mal para a sociedade – avaliou a delegada Sílvia Coccaro, da 20ª Delegacia de Polícia da Capital, que ficou como responsável pelo caso.

Quando se entregou à Justiça, Hierro estava acompanhado de uma advogada, foi notificado oficialmente do processo de tentativa de homicídio que tramita contra ele e recolhido para uma cela do Fórum Central. Policiais da Delegacia de Capturas foram chamados para fazer a escolta.

A partir desta quinta-feira, Hierro tem 10 dias para apresentar respostas da acusação e arrolar testemunhas de defesa.

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Entenda o caso

Conforme o inquérito policial, Hierro e outros dois jovens da torcida Guarda Popular se envolveram em uma briga com um grupo dissidente, integrantes da torcida Popular do Inter. Parte do confronto foi registrado por imagens de câmeras de segurança do Inter, que ajudaram na identificação dos envolvidos.

O confronto deixou quatro pessoas feridas, sendo três esfaqueadas. Uma das vítimas teve cortados tendões de três dedos da mão esquerda. Em consequência do episódio, o Inter excluiu as duas torcidas organizadas do seus quadros, cancelando benefícios como uso de sala no estádio e acesso facilitado às arquibancadas em dias de jogos.

Além disso, cópia do inquérito policial foi encaminhada ao departamento jurídico do clube que estuda a expulsão de Hierro do quadro social do clube – era o único dos agressores filiado ao Inter.

Veja o vídeo da confusão: