A vice-presidente do Federal Reserve (Banco Central norte-americano), Janet Yellen, aparece agora como favorita – e a primeira mulher candidata – para dirigir a instituição, depois da desistência de Larry Summers. Ele decidiu retirar-se da disputa após receber críticas da oposição e de vários legisladores do Partido Democrata – o Congresso deve avaliar a nomeação do presidente do Fed.

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A senadora democrata por Massachusetts, Elizabeth Warren, influente membro da Comissão Bancária do Senado, declarou à CNBC, nesta segunda-feira, que “não era um segredo” que o Congresso não queria Summers.

– Janet Yellen, espero, será uma fantástica presidente do Fed. Espero que seja nomeada – afirmou.

Em uma carta dirigida a Obama, Summers citou o temor de uma “amarga” disputa em seu processo de confirmação para o cargo no Congresso, como principal motivo de sua desistência. Obama afirmou em um comunicado que havia aceitado a decisão dele de retirar sua candidatura em uma conversa por telefone.

Yellen, em silêncio desde o começo das especulações, recebeu apoio de senadores do Partido Democrata. Na semana passada, cerca de 240 economistas, entre eles o prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz e os conselheiros econômicos do governo Clinton (1993-2001), Alice Rivlin e Christina Romer, assinaram uma carta aberta a Obama para apoiar Yellen.

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“É muito difícil imaginar como Obama justificaria o fato de não escolher Janet Yellen neste momento. Ninguém é tão qualificado. Uma escolha diferente pareceria rancor”, destacou nesta segunda-feira o colunista do The New York Times, Paul Krugman, também prêmio Nobel de Economia, em seu blog.