Após uma reunião de mais de duas horas e muito mistério, a diretoria do Fluminense decidiu dar mais uma chance para Vanderlei Luxemburgo no comando tricolor. O diretor executivo, Rodrigo Caetano, conseguiu convencer Peter Siemsen dos problemas que trariam a saída do treinador antes do decisivo clássico contra o Flamengo, no domingo. O treinador nem sequer compareceu à reunião, que ficou restrita aos dois dirigentes, e não foi ao campo comandar as atividades. Júnior Lopes, seu auxiliar-técnico, foi o responsável pelo treinamento.

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Porém, Peter deixou claro que não tem o interesse em sustentar por muito tempo Luxa no comando, já que tinha sido contrário à contratação, em agosto. Os fracos resultados obtidos pelo treinador nos 24 jogos no comando foi um dos argumentos utilizados pelo mandatário. A falta de opções no mercado também pesou para o presidente rever sua decisão sobre a demissão do comandante.

Responsável pela contratação de Luxa, o presidente da parceira e patrocinadora, a Unimed-Rio, Celso Barros, ficou alheio à decisão por estar em um almoço de negócios envolvendo a empresa que preside. Celso foi avisado por Peter na segunda-feira à noite da decisão sobre a saída e não se mostrou contra.

Com o Fluminense correndo riscos de rebaixamento, a diretoria entendeu que a mudança poderia atrapalhar no ambiente vivido entre os jogadores, que apesar de má fase, se mostram unidos para ajudar na fuga para a Série B. Com pouco mais de dois meses no comando, Luxemburgo conseguiu conquistar a confiança do elenco e manteve a harmonia no vestiário que existia nos tempos do ex-treinador, Abel Braga.

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