Agricultores familiares e do MST desocuparam no final da manhã desta quarta-feira a entrada do Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina, na SC-401, em Florianópolis. Representantes dos grupos foram recebidos pelo vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, e pelo secretário de Estado da Agricultura, João Rodrigues. No encontro, entregaram a pauta de reivindicações ao governo catarinense.

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– Pedimos basicamente uma assistência em razão dos prejuízos com a estiagem. Queremos que essas questões emergenciais sejam atendidas com prioridade – explicou Altair Lavratti, que faz parte da direção estadual do MST.

Segundo Lavratti, o governo ficou de dar uma resposta em duas semanas.

– É uma pauta bem extensa que colocamos para o governo. Pedimos medidas para irrigação, compensação por causa das perdas, renovação de convênios, e o governo nesse primeiro momento recebeu bem essa pauta – concluiu.

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Na manhã desta quarta-feira, cerca de mil pessoas, ocuparam o Centro Administrativo na SC-401, em Florianópolis. Antes mesmo de ser recebido pelas autoridades do governo, o coordenador estadual da Federação do Trabalhadores em Agricultura Familiar (Fetraf-Sul) em SC, Alexandre Bergamin, já havia adiantado o motivo da mobilização.

– Fizemos dois pedidos sem retorno. Queremos discutir as consequências da estiagem, assim como debater novas formas de renda, permanência da juventude na produção agrícola e uma politica diferenciada para a agricultura familiar e camponesa – explicou.

Os cerca de 800 agricultores que participaram do ato nesta quarta-feira estão acampados desde a última segunda-feira no pátio da Escola da Sul da CUT, que fica em Ponta das Canas, no Norte da Ilha de Santa Catarina.

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Além dos agricultores, aproximadamente 450 militantes do MST também compareceram na manifestação. Após a reunião com o governo, eles voltaram para seus acampamentos de origem.