Para Matthew McConaughey, a hora chegou aos 44 anos. Em sua primeira indicação ao Oscar, o ator desponta como grande favorito para levar a estatueta e, com ela, coroar a melhor fase de sua carreira.

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Na verdade, é mais do que um bom momento: de 2011 para cá, suas atuações têm sido muito superiores àquelas apresentadas anteriormente.

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Nem parece o mesmo sujeito que ao longo de mais de uma década se consolidava como galã mas não conseguia se afirmar como bom ator, em filmes pouco recomendáveis como Somente Elas (1995) e O Casamento dos Meus Sonhos (2001). Lone Star (1995) e Tempo de Matar (1996) pareciam exceções em uma carreira de escolhas questionáveis.

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Até que, 18 anos depois de sua estreia em Hollywood, veio O Poder e a Lei (2011), filme de Brad Furman em que McConaughey volta a viver um advogado – como foi o caso em Tempo de Matar. Mas o grande marco da virada talvez tenha sido o trabalho com o veterano diretor William Friedkin, que o chamou para o papel-título do impactante Killer Joe – Matador de Aluguel (2011).

Em dois anos, McConaughey fez Magic Mike (de Steven Soderbergh, 2012) e impressionou público e crítica como o fugitivo protagonista de Amor Bandido (Mud, no original, de Jeff Nichols, 2012) e o conselheiro de Leonardo DiCaprio em O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013), que pouco aparece no filme, mas cujo solo no restaurante precisa ser reconhecido como um dos pontos altos da trama.

Tudo isso, no entanto, parece ser apenas uma prévia para o que está chegando: a novíssima e já aclamada série True Detective, que no domingo teve seu terceiro episódio apresentado pela HBO (simultaneamente no Brasil e nos EUA), e Clube de Compras Dallas, o longa de Jean-Marc Vallée que lhe valeu a indicação ao Oscar. No filme, que tem estreia no Brasil marcada para 21 de fevereiro, o ator é um eletricista texano portador de HIV que trava uma batalha com a indústria farmacêutica e contrabandeia medicamentos do México.

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No papel, McConaughey está quase irreconhecível também fisicamente: além do bigode e do chapéu, ele teve de perder 22 quilos. Em entrevistas recentes, contou que a tapioca indicada por sua namorada, a modelo brasileira Camila Alves, foi fundamental na elaboração de sua dieta pré-produção. “Foi o maior desafio da minha carreira”, ele sentenciou, ao falar sobre o regime de emagrecimento.

Os outros indicados:

> Christian Bale: um dos melhores atores de sua geração, está apenas na segunda indicação, por Trapaça – que estreia na semana que vem no Brasil. Em 2011, venceu como coadjuvante, por O Vencedor.

> Bruce Dern: 35 anos depois de sua primeira indicação (de ator coadjuvante, por Amargo Regresso), o veterano ator teve a sua segunda indicação, por Nebraska – ainda sem previsão de estreia no país.

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> Chiwetel Ejiofor: o britânico de 36 anos foi indicado pela primeira vez. É o protagonista de 12 Anos de Escravidão – que estreia em 21 de fevereiro.

> Leonardo DiCaprio: por O Lobo de Wall Street, que já está em cartaz, obteve a sua quarta indicação. As outras três foram em 1994 (por Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador), em 2005 (O Aviador) e 2007 (Diamante de Sangue).