O vice-prefeito de Ermo, Elias Nagel, foi preso na manhã desta segunda-feira por posse ilegal de arma e por omissão na guarda de arma de fogo. Ele estava sendo investigado pela Polícia Civil depois de comunicar uma tentativa de homicídio contra ele no início do mês. A polícia desconfiou do desencontro de informações e da atitude de Nagel. No mandado de busca e apreensão cumprido hoje, foi encontrado um revólver calibre 38, sem registro, escondido em uma mochila utilizada pela filha dele, de 3 anos.
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Segundo o delegado titular de Turvo, responsável pelo município de Ermo, André Coltro, a investigação apontava que Nagel havia comunicado falsamente o atentado sofrido no dia 4 de outubro. Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi o registro do suposto furto da arma do vice-prefeito, uma pistola 380, no dia anterior ao suposto atentado. Na delegacia, ele confessou ter usado essa mesma arma para atirar no veículo e na própria mão.
— A alegação dele (para ter simulado o atentado) é porque ele estava se sentindo ameaçado. Antes e logo depois da campanha, ele teria sido ameaçado por alguns adversários políticos, e como uma forma de aliviar a pressão ele teria feito aquilo — resumiu Coltro.
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Segundo o coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, Jorge Giraldi, em uma busca realizada na casa do cunhado de Nagel, no bairro Campo Verde, foram encontrados dois carregadores de pistola 380 e cartuchos do mesmo calibre.
O vice-prefeito foi detido na delegacia de Turvo. No final da tarde, o juiz Manoel Donizete de Souza estipulou o valor da fiança, dez salários mínimos, o equivalente a R$ 8,8 mil. Até as 19h, o vice-prefeito ainda não havia pago o valor e permanecia preso.
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