Um dos mais emblemáticos teatros da América Latina, o Colón, de Buenos Aires, reabriu nesta segunda-feira, em um dos eventos mais marcantes das comemorações do bicentenário da revolução que culminou com a independência argentina. Em obras que custaram cerca de US$ 100 milhões, o Colón foi palco de mais um capítulo da rixa entre a presidente do país, Cristina Kirchner, e o prefeito da capital, Mauricio Macri. A presidente, rival declarada do prefeito, não participou da cerimônia devido à briga política.

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O evento contou com mais de 2,7 mil convidados, entre eles o presidente do Uruguai, José Mujica; o vice-presidente do Governo argentino, Julio Cobos; além de dirigentes da oposição, artistas e outras celebridades.

Com quase meia hora de atraso, o Colón – totalmente lotado – viu uma apresentação do terceiro ato do balé O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, e o segundo ato de Bohéme, de Giacomo Puccini, com apresentação da orquestra filarmônica de Buenos Aires. Do lado de fora, milhares de pessoas se espremeram para acompanhar a noite histórica através de telões instalados no Passeio do Bicentenário, na tradicional Avenida 9 de Julio.

Porém, como nem tudo são flores, a reabertura do teatro foi marcada por uma grande polêmica. Mais de 200 funcionários do local afirmam que foram afastados de seus postos de trabalho pelo atual diretor-geral do espaço, Pedro Pablo García Caffi. No último domingo eles já tinham se reunido às portas do Colón, pedindo para retornarem à casa.

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