Quase nove anos depois de fechar as portas da Escola Estadual Antonieta de Barros, finalmente chegou-se a uma solução para recuperar a estrutura que segue completamente abandonada no Centro de Florianópolis. Foi publicado no Diário Oficial do Estado deste mês o termo de cessão do edifício para a Assembleia Legislativa.

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O acordo prevê que a Alesc assumirá a reforma e depois irá transferir para lá a Escola do Legislativo, que hoje funciona num prédio alugado na Hercílio Luz, ao custo de R$ 30 mil mensais.

Quando a escola completou oito anos fechada, a reportagem do Hora esteve no prédio, localizado na rua Victor Meireles. O que encontramos foi um edifício degradado, sujo, com muitas pichações, casa de moradores de rua e seus animais de estimação num dos pontos mais movimentos do centro e cheio de comércio.

Fechada em 2008, quando apresentou problemas na estrutura pela falta de manutenção, a escola Antonieta de Barros virou apenas um estacionamento para servidores da Secretaria Estadual de Educação. Antes, sete anos atrás, o colégio abrigava 252 alunos das comunidades do Maciço do Morro da Cruz.

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A escola foi fundada com o nome de Dias Velho e foi rebatizada como Antonieta de Barros em homenagem à educadora e primeira parlamentar negra catarinense.

Escola do Legislativo

O serviço de educação da Assembleia Legislativa não é focado apenas para deputados, demais políticos e servidores públicos. Existem convênios com escolas e universidades e com a a comunidade organizada. Tanto que o carro-chefe da Escola do Legislativo é – por coincidência – o programa Antonieta de Barros, que investe na formação de jovens aprendizes de comunidades carentes. Recentemente, a Alesc informou que ele passará a contar com mais salas para ampliar o número de vagas.

O objetivo desse programa é implementar políticas de ação afirmativas com ações que eliminem desigualdades de gênero, raciais e sociais.

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* Com informações de Rafael Martini