O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado nesta quinta-feira como chefe da Casa Civil da Presidência, embarcou no meio da tarde para São Paulo após participar das primeiras reuniões em Brasília como ministro.
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Lula tomou posse pela manhã, pouco antes de sua nomeação ser suspensa temporariamente por meio de liminar concedida pelo juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, de Brasília.
Depois da posse, a presidente Dilma Rousseff almoçou no Palácio da Alvorada com Lula e o novo ministro do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, que deixou a Casa Civil. Depois, Lula e Wagner se reuniram separadamente no Palácio do Planalto, para discutirem a transição na pasta. Assuntos administrativos como o combate ao vírus Zika e a tragédia de Mariana estiveram em pauta.
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Lula participou da cerimônia de posse pela manhã, quando assistiu a um discurso indignado da presidenta criticando interceptações de conversas telefônicas entre os dois. Após o evento, nem ela nem ele conversaram com a imprensa. O retorno de Lula para Brasília está previsto para a próxima segunda-feira.
No fim da tarde, a presidenta editou um decreto transferindo a gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) à Casa Civil, que a partir de hoje passa a ser comandada por Lula. Na avaliação de um interlocutor do Palácio do Planalto, a intenção do ex-presidente é retomar, por meio do PAC, o andamento de obras que estão paralisadas com o intuito de recuperar o crescimento e a renda.
Embora a liminar do juiz Catta Preta tenha sido derrubada no início da noite pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Cândido Ribeiro, a posse continua suspensa por outra decisão, desta vez da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
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De acordo com o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, Lula segue ministro apesar da decisão, sendo impedido apenas de exercer as funções do cargo como assinatura de atos.
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