Mariana Michelini, influenciadora que perdeu o lábio em uma harmonização com PMMA em 2020, está reconstruído o rosto gratuitamente em Santa Catarina. A inciativa faz parte de um projeto social voltado a pacientes de baixa renda e que possuem deformação na face. As informações são do g1 SC.
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Chamado “Leozinho”, o projeto foi criado em 2021 pelo cirurgião bucomaxilofacial Raulino Brasil. Desde então, cerca de 30 pacientes foram beneficiados com os procedimentos. Entre eles, está Mariana, considerada pelo médico como um dos casos mais desafiadores da carreira. A influenciadora o encontrou por meio de uma seguidora e chegou a ouvir de outros profissionais que nada poderia ser feito.
Os procedimentos acontecem no hospital dele, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, ou na clínica, em Palhoça, na Grande Florianópolis, dependendo da complexidade. De acordo com o idealizador, cerca de 15 profissionais atuam na iniciativa, entre médicos, anestesistas e bucomaxilos. Não existem parcerias com o poder público.
— Todos eles cedem seus horários, e como eu tenho um espaço, o hospital é meu, então eles não têm custo. Esse projeto é totalmente gratuito para pessoas de baixa renda — diz.
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O nome do projeto é homenagem ao primeiro paciente do cirurgião, o jovem Leo, que tinha neurofibromatose, um conjunto de doenças genéticas que afetam sobretudo a pele e o sistema neurológico. Ele morreu em junho por causa de um problema renal.
— Foi bem comovente para mim, porque criei um laço muito grande com ele. Um menino de 17 anos, bem puro — conta
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Por que o PMMA não é recomendado para procedimentos estéticos?
Retirada do lábio
Após sofrer uma inflamação seis meses depois da aplicação do PMMA, Mariana precisou retirar o lábio superior. Foi aí que ela descobriu que no procedimento, realizado no final de 2020, foi utilizado uma substância definitiva que tem forma de microesferas plásticas. Ela acreditava que o material era ácido hialurônico, que é absorvido pelo corpo com o tempo.
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O uso do produto para fins estéticos é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A venda não é restrita, ou seja, profissionais não médicos podem fazer aplicações.
Mariana disse ao g1 que a recuperação está ocorrendo bem, além de agradecer a equipe envolvida.
— Estou sendo muito bem cuidada. Muito grata por ele estar me ajudando gratuitamente. Essa luta já dura três anos. Não foi nada fácil. Digamos que estou a 80% da minha vitória. O pior já foi. Essa etapa também será a mais cuidadosa. Depois, as próximas serão mesmo para o refinamento, melhora da estética e para tirar fibroses — comenta.
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