O julgamento da ação que veta pessoas que respondem a ações penais por crimes comuns de estarem na linha sucessória da Presidência da República foi suspenso na tarde desta quinta-feira após pedido de vistas de Dias Toffoli. Antes disso, seis ministros — Marco Aurélio Mello, Edison Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello — haviam votado a favor da medida.
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O ministro Luís Roberto Barroso, por motivos pessoais, declarou que não participaria do julgamento. Já Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes não estavam presentes na sessão.
Caso seja aprovada, a ação ameaça diretamente o cargo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já que ele é alvo de ao menos 11 inquéritos no STF. Alvo de uma denúncia, Renan ainda não é réu.
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A Rede Sustentabilidade ajuizou a ação em maio, quando o presidente da Câmara à época, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se tornou réu em um processo que tramitava no STF. Cunha acabou suspenso por decisão do ministro Teori Zavascki e, meses depois, foi cassado pela Câmara.
Apesar disso, o advogado da Rede, Daniel Sarmento, argumentou que a ação não perdeu objeto com a perda de mandato de Cunha, e citou o caso de Renan Calheiros que pode se tornar réu.
Pela ordem, a linha sucessória da Presidência da República é composta pelo vice-presidente, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do STF.
A Procuradoria-Geral da República emitiu parecer contrário à ação, por entender que ela perdeu a razão de existir após a cassação de Cunha, alvo principal do questionamento da Rede.
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*ZH com informações de agências