O aumento de 15% na gratificação dos médicos da secretaria municipal de Saúde de Florianópolis não deve ser prioridade nas contas da Prefeitura por enquanto. Conforme a rodada de negociações entre os profissionais e os secretários municipais de Governo, Administração, Planejamento e Saúde, na tarde desta quarta-feira, o valor só deve ser negociado após a definição dos reajustes salariais, previstos na data-base dos servidores.

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Os médicos suspenderam o atendimentos nos mais de 50 postos de saúde da Capital. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul funcionaram normalmente. Esta é a segunda paralisação em duas semanas. Em 23 de fevereiro, a categoria já havia parado.

Durante a tarde, os profissionais panfletaram nas ruas para explicar as reivindicações à população. Após a reunião com os gestores, a categoria fez uma assembleia geral para discutir o calendário de paralisações. A próximo está agendada para o dia 21.

Outra reivindicação é a suspensão do desconto na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF). Conforme o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini, a categoria vem negociando com os gestores há um ano e meio.

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Nesta quinta-feira, o advogado do sindicato deve se reunir com o procurador do município, Jaime de Souza, para discutir a redação do decreto 441/98, que teria sido mal interpretado, resultando no desconto ilegal na remuneração dos médicos.