Diferentemente do cenário de 2003, quando o abastecimento de energia elétrica era feito por um único caminho entre o Continente e a Ilha, hoje há duas alternativas para a entrada de energia na região insular. Para a Ilha ficar no escuro, seria necessário que as duas entradas deixassem de funcionar ao mesmo tempo.
Continua depois da publicidade
A chance pode ser ainda menor se um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sair do papel: uma nova entrada de energia à região, nos moldes da construída cinco anos depois do blecaute. Segundo Vitor Guimarães, assistente da presidência da Celesc, uma equipe da estatal participa das negociações com a EPE para a instalação da linha de abastecimento entre o Continente e a Ilha.
Uma das alternativas é a ligação da subestação em Biguaçu, de responsabilidade da Eletrosul, com outra da Celesc no norte da Ilha, que ainda não está pronta. O estudo continuará no ano que vem, e a expectativa é que a opção de abastecimento vencedora esteja em funcionamento até 2018. A iniciativa preveniria um novo blecaute na Ilha, causado se os moradores da região utilizassem mais energia do que a capacidade atual disponível.
– Os limites de consumo da linha fornecida pela Eletrosul só deverão ser superados daqui a mais de 10 anos – aponta o assessor de engenharia da Eletrosul Airton Silveira.
A Celesc também tem um plano de expansão para o sistema elétrico da Capital. Até 2019, a estatal promete construir três subestações nos bairros Ingleses, Saco Grande e Saco dos Limões – que resultam em um investimento de R$ 110 milhões e um aumento de 30% no fornecimento. A única com data para começar a funcionar é a subestação dos Ingleses, prevista para 2015.
Continua depois da publicidade
O investimento visa atender a demanda do município, que cresce 5% ao ano, em média. Apesar de operar com folga de 20% na capacidade de energia disponível na região, inclusive em temporadas de pico, não estão descartadas quedas de energia em determinados pontos da Ilha.