O colombiano Wilson Fausto Gomez, 55 anos, é um dos mais novos moradores de Blumenau. Após atuar 24 anos em Buenos Aires, na Argentina, começou a trabalhar quarta-feira como médico na unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) Angelo de Caetano, no Fidélis. Ele é um dos nove profissionais de saúde que Blumenau receberá do programa Mais Médicos, do governo federal.

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Em 2013, a cidade chegou a negar participação no programa porque exigia o reconhecimento do diploma dos estrangeiros. Oito médicos já atuam e um ainda não começou a trabalhar porque aguarda a homologação do registro profissional no Ministério da Saúde. Assim que o documento for expedido, estará autorizado a dar início aos atendimentos. Do total de médicos, somente um deles é brasileiro.

De acordo com a diretora de Ações em Saúde, Andrea da Silva, estes profissionais atendem em unidades ESF que estavam sem médicos. O que não quer dizer que a carência por médicos esteja suprida. Ainda há uma vaga no ESF Clodoaldo de Amorim, no Centro, onde a médica que atendia pediu exoneração semana passada, e outras seis para clínicos-gerais nos ambulatórios. A diretora de Ações em Saúde diz que existe a possibilidade de o Ministério da Saúde abrir novo ciclo de contratação de profissionais.

Como Blumenau está credenciada no Mais Médicos, pode receber novo reforço de profissionais no futuro. Outra saída para preencher tal lacuna seria a contratação pela normal, fora do programa. O primeiro profissional do programa chegou há cerca de um mês. Outros estão há 15 dias, e dois deles começaram a atuar nesta quarta-feira. Por isso, a diretora afirma que é cedo para medir o resultado do Mais Médicos em Blumenau:

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– Não temos tempo hábil para avaliar. Não recebemos nenhuma reclamação ainda.

O contrato tem duração de três anos. Mas nesse período pode ser rescindido por qualquer parte envolvida: médico, município ou Ministério da Saúde.

– O ideal é que eles fiquem na cidade durante todo esse tempo – analisa Andrea.

Pelo Mais Médicos, o profissional recebe bolsa de cerca de R$ 10 mil ao mês do Ministério da Saúde, enquanto os municípios atendidos ficam com a contrapartida de oferecer moradia e alimentação. Em Blumenau, o projeto de lei nº 6.569, que define as obrigações, já foi aprovado pela Câmara dos Vereadores e sancionado pelo prefeito Napoleão Bernardes.