Após morte por meningite, escolas de Imbituba retomam aulas

Após uma semana de suspensão retornaram hoje as atividades de toda a rede de ensino de Imbituba, no Sul do Estado. As aulas foram canceladas na segunda-feira (17) após a confirmação da morte de uma menina de 12 anos por meningite bacteriana tipo C. Para retomada das atividades a prefeitura orientou que fosse feita uma higienização completa em todas as unidades escolares.

Na rede municipal de ensino mutirões de limpeza foram realizados na quarta-feira (19) nas nove escolas e 15 creches da cidade. De acordo com o prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior, os locais foram limpos com álcool e cloro para descartar qualquer possibilidade de novo risco da doença.

Além do caso fatal, uma garota que estudava na mesma escola também foi diagnosticada com meningite, mas de outro tipo causada por Streptococcus pneumoniae. Ela está internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão desde o ínicio da semana passada. As informações repassadas pela família a prefeitura são de que a jovem está evoluindo bem e a expectativa é que até o fim da semana ela possa voltar para casa. Por se tratar de bactérias distintas a Dive-SC afirma que não há relação entre os casos.

Foco na prevenção

A vacina contra o subgrupo C que levou a morte da menina de 12 anos no domingo (16) é a única disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Por este motivo, a Prefeitura de Imbituba declarou nesta segunda-feira (24) que está iniciando uma varredura no índice de vacinação de jovens e crianças da cidade.

Segundo a administração municipal, o objetivo principal no momento é evitar que casos fatais se repitam e por isso é fundamental que os pais mantenham a carteira de vacinação dos filhos em dia. A imunização é indicada para bebês (aos 3 e 5 meses — com reforço aos 12 meses) e adolescentes (dos 11 aos 14 anos).

Meningite

Existem vários tipos de meningite bacteriana, entretanto dos quatro principais (A, C, W e Y) apenas o C é distribuído no SUS. O médico infectologista da (Dive/SC), Luiz Escada, explica que os tipos C, W e B são predominantes no Estado e que normalmente casos com os tipos W e B são mais agressivos e têm se tornado mais frequentes. A taxa de letalidade da doença está entre 17% e 20%, conforme dados da DIVE/SC.

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A transmissão ocorre pelas vias respiratórias e por gotículas e secreções do paciente, contato íntimo (residente da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento). A propagação também é facilitada em ambientes fechados e/ou sem ventilação.

A meningite é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro (as meninges), que afeta toda a região e dificulta o transporte de oxigênio às células do corpo. A doença provoca sintomas como dor de cabeça e na nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito. Ela pode evoluir rapidamente, em especial entre crianças e adolescentes, para perda dos sentidos, gangrena dos pés, pernas, braços e mãos.