CORREÇÃO: Diferentemente do que informou este site das 15h54min às 18h13min do dia 18, as aulas nas escolas de Imbituba não serão retomadas na quarta-feira. A informação equivocada partiu da assessoria de imprensa da Dive/SC. O texto original já foi corrigido.

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Por precaução, as escolas públicas e particulares de Imbituba continuarão fechadas nesta quarta-feira (19). No último domingo, a estudante Thaiane Gonçalves de Souza, de 12 anos, morreu vítima de meningite bacteriana. Nesta terça (18), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) chegou a liberar a retomada das aulas, mas a prefeitura preferiu manter a suspensão.

“Nós estivemos hoje (terça-feira) no município e nos certificamos que todas as pessoas que tiveram contato próximo com a estudante, como familiares e colegas de escola, já foram medicadas. Portanto, não há motivo para se preocupar com a transmissão”, informou a diretora da Dive-SC, Maria Teresa Agostini, no começo da tarde desta terça.

Em comunicado à imprensa, o órgão divulgou que as aulas seriam retomadas. Mais tarde, porém, emitiu um novo comunicado, informando que as escolas vão continuar fechadas.

De acordo com a assessoria da Dive-SC, a confusão aconteceu porque, em reunião nesta terça na cidade, ficou acertado com a prefeitura o retorno das aulas. Contudo, durante a tarde, a administração municipal mudou de posição devido à preocupação de pais de alunos.

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A Dive destaca que a meningite bacteriana é uma doença grave e, dependendo do quadro, pode levar o paciente à morte em algumas horas após o aparecimento dos sintomas. No caso de Thaiane , a estudante deu entrada no Hospital São Camilo, em Imbituba, no começo da tarde de sexta-feira, com os sintomas da doença, e acabou morrendo dois dias depois.

Diferentes bactérias podem provocar a doença, porém o tipo mais grave é causado pela bactéria chamada Neisseria meningitidis (meningococo) – justamente a que foi diagnosticada na estudante de Imbituba.

Transmissão

A meningite meningocócica é transmitida por meio das vias respiratórias, no contato com secreções, gotículas do nariz e da garganta expelidas pela fala, tosse e espirro. A propagação é facilitada em ambientes fechados e sem ventilação. Pessoas residentes na mesma casa, que compartilham dormitórios ou alojamentos estão suscetíveis ao contágio, que também pode ocorrer em creches, escolas, acampamentos ou locais em que há aglomeração de pessoas.

— É importante ressaltar que a meningite bacteriana não é transmitida pelo ar, precisa haver um contato próximo — ressalta o médico infectologista da Dive, Fábio Gaudenzi.

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Sintomas

Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas ou arroxeadas na pele ou mesmo hematomas.

Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas podem não ser tão evidentes e os pais ou responsáveis devem atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

Ao apresentar qualquer um desses sinais ou sintomas, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada, maior a chance de cura, evitando complicações.