A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) decidiu começar nesta terça-feira (18) um procedimento chamado quimioprofilaxia em estudantes de uma escola de Imbituba, no Sul de Santa Catarina. A medida foi tomada por causa da morte de uma menina de 12 anos, que foi vítima de meningite. O objetivo é evitar a proliferação da doença.
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Segundo a Dive/SC, todas as pessoas que tiveram contato com a menina devem tomar um antibiótico. As aulas no município chegaram a ser suspensas. No entanto, à tarde, a diretoria confirmou que os estudantes poderão retornar às salas de aula na quarta-feira (19).
Uma segunda estudante, também com 12 anos, está internada com suspeita de meningite bacteriana. O caso ainda está em investigação. A Diretoria informou que aguarda o resultados dos exames para confirmar ou descartar o caso.
A morte de Thaiane Gonçalves de Souza, de 12 anos, foi causada por uma forma extremamente grave de meningococcemia, que é uma infecção generalizada causada pela bactéria meningococo. De acordo com a DIVE/SC, houve disseminação da bactéria por todo o organismo.
O órgão ressalta ainda que a meningite foi diagnóstica pelas características clínicas da paciente, mas o resultado do exame que vai identificar especificamente a causa da doença ainda sendo analisado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen). Esse resultado que deve sair até quarta-feira (19).
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Casos em Santa Catarina
Este ano, foram confirmados 19 casos de doença meningocócica, dois deles em Blumenau e outros 17 foram registrados em Turvo, Itapema, Navegantes, São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Garopaba, Itajaí, Lages, Itapema, Porto União, Jaraguá do Sul, Fraiburgo, Criciúma, Itajaí, Bombinhas, Palhoça e Imbituba, cada município com um caso cada.
Além deste caso de Imbituba, até o momento foram registradas duas mortes pela doença: uma jovem de 18 anos moradora de Lages e um bebê de 9 meses, em Jaraguá do Sul.
Transmissão da Meningite
A meningococcemia pode ser transmitida pelas vias respiratórias e por gotículas e secreções do paciente, contato íntimo (residente da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento). A propagação também é facilitada em ambientes fechados e/ou sem ventilação.
Vacinação
O SUS oferta vacinas contra quatro tipos de meningite, são elas:
BCG, que protege contra a meningite turberculosa, com uma dose ao nascer;
Pentavalente, que protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite, causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, com doses que devem ser aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida;
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Meningocócica C, que protege contra a doença meningocócica causada pela Neisseria meningitidis sorogrupo C, com doses aos 3 e 5 meses e um reforço aos 12 meses de idade. Os adolescentes de 12 e 13 anos também deve ser vacinados, com dose única que serve também como reforço;
Pneumocócica 10, que protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite, causadas por dez sorotipos do Streptococcus pneumoniae, com doses aos 2 e 4 meses de idade e um reforço aos 12 meses