A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) compartilhou nesta quinta-feira (18) os primeiros dados de 2024 sobre a dengue, chikungunya e Zika vírus no Estado. O informe é divulgado seis dias após a primeira morte confirmada pelo Aedes aegypti, quando um homem de 57 anos morreu em Joinville por complicações da dengue. O documento ainda alerta para o número de casos prováveis neste início de ano, onde houve um aumento de 105,2% em comparação ao mesmo período de 2023.

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As informações revelam dados analisados até 15 de janeiro e trazem uma nova análise para o cenário de 2024. Isso porque, a partir de agora, também serão divulgados todos os casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos no Estado — os chamados “casos prováveis — com exceção apenas daqueles que forem descartados.

Só no início deste ano, Santa Catarina já identificou 2.052 casos prováveis de dengue em 79 municípios, um aumento de mais de 100% se comparado ao mesmo período do ano anterior. As maiores incidências da doença estão nas regiões da Grande Florianópolis, Nordeste, Extremo-Oeste e Foz do Rio Itajaí-Açu, ainda de acordo com a Dive.

Já com relação a chikungunya, são 17 casos prováveis, além de um Zika vírus. Ao todo, já foram encontrados 2,8 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 146 cidades de Santa Catarina. Confira aqui a lista de municípios infestados.

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— O Governo do Estado intensificou as ações de prevenção no ano passado e apoiamos os municípios, com R$ 5 milhões repassados em dezembro e estão previstos mais R$ 5 milhões para fevereiro. No início deste ano, divulgamos o Plano de Contingência com estratégias para organizações de ações em diferentes níveis e modelo de planos para os municípios infestados. O importante é unir esforços tanto do poder público quanto da população para a prevenção da dengue — destacou a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

Casos de dengue aumentam 42% em SC com 38 cidades em epidemia

Na última sexta-feira (12), a primeira morte por dengue foi confirmada em Santa Catarina. Segundo a Dive, a vítima era moradora de Joinville, tinha comorbidades e estava internada em um hospital da rede pública. Outros dois óbitos ainda permanecem sendo investigados pelas secretarias municipais de saúde.

Para a bióloga da Dive, Tharine Dal-Cim, aos primeiros sinais de sintomas, como febre alta, dor no corpo, vômitos e diarreia, é importante procurar uma unidade de saúde para receber, o quanto antes, o diagnóstico e acompanhamento médico.

O ciclo de vida do Aedes aegypti, mosquito da dengue, chikungunya e zika

— A hidratação é o melhor tratamento para dengue. É importante beber bastante líquido assim que apresentar sinais e sintomas. Além de procurar atendimento médico para receber as orientações corretas — acrescenta também o diretor de vigilância epidemiológica de SC, João Augusto Brancher Fuck.

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*Sob supervisão de Lucas Paraizo

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