Em meio à comoção causada pela morte de um jovem homossexual espancado por integrantes de um grupo neonazista, o governo do Chile anunciou que vai acelerar a adoção de uma lei antidiscriminação.

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Após 25 dias de agonia em um hospital, Daniel Zamudio, de 24 anos, morreu na noite de terça-feira, em consequência de um traumatismo craniano. Os ferimentos foram causados por quatro jovens entre 19 e 26 anos. Segundo o promotor encarregado do caso, Ernesto Vasquez, o ataque foi claramente homofóbico.

Os acusados, que estão presos, são conhecidos por sua afinidade com o movimento neonazista. Eles vão responder por homicídio qualificado e a família de Zamudio pediu que sejam condenados a prisão perpétua.

Além dos ferimentos e das fraturas sofridas por Zamudio, seus agressores marcaram seu corpo com duas suásticas. O jovem trabalhava como balconista em uma loja de roupas e foi surpreendido pelo grupo em um parque.

– Ele era muito carinhoso, uma pessoa excelente. Por isso é tão difícil de acreditar que tenha sido atacado – disse Diego Zamudio, irmão de Daniel.

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A morte do jovem causou comoção no Chile e milhares de pessoas se reuniram em frente ao hospital onde ele estava internado. O presidente do país, Sebastián Piñera, disse no Twitter que “a sua morte não ficará impune. Reforça o compromisso do governo contra a discriminação.”

O ministro do Interior chileno, Rodrigo Hinzpeter, foi para o hospital para expressar suas condolências à família. Hinzpeter disse que após a retomada de atividade parlamentar, na próxima semana, “vamos trabalhar incansavelmente em nosso Congresso para que a nossa lei antidiscriminação seja aprovada no menor tempo possível”.