Depois de ter constatada a morte do bebê que esperava, uma grávida de 16 anos ficou mais de 30 horas aguardando uma cesariana em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. A família da garota registrou vários boletins de ocorrência na delegacia da cidade e a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
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Conforme o delegado Antonio Lucas Pinto, a polícia aguarda o exame cadavérico do bebê para saber a causa da morte e deve apurar o procedimento adotado pela equipe médica do Hospital Universitário Santa Terezinha (Hust), onde a paciente foi atendida. Será investigado, por exemplo, se houve negligência.
A mãe da adolescente que estava grávida, Sirlei Aparecida de Oliveira, contou que a filha procurou atendimento no Hust ainda na quinta-feira, quando sentia fortes dores na barriga. Ela foi medicada, ficou em observação e foi liberada em seguida. No sábado, a gestante teria sentido fortes dores e foi novamente encaminhada à unidade de saúde.
No local, após uma ultrassonografia e análise médica, teria sido atestada a morte do bebê, mas o parto só foi realizado por volta das 16h deste domingo, após interferência do Ministério Público, que ainda analisa se vai instaurar algum procedimento para investigar o caso.
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– Queremos Justiça porque algum erro ocorreu. Disseram que não era hora do neném nascer, mas ele tinha quase três quilos e 49 centímetros e ela estava com nove meses completos de gestação. Minha filha fez todo o pré-natal e sempre esteve saudável – afirma.
A adolescente continua internada e não acompanhou o enterro do filho, sepultado na tarde desta segunda-feira em Joaçaba. A diretoria do Hust não deve comentar o caso pelo menos até quarta-feira, quando o diretor da instituição, Adgar Bittencourt, retorna de uma viagem.