Medidas como ala de segurança máxima, Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e parlatórios para que presos não tenham nenhum contato com advogados estão entre as providências no sistema prisional catarinense contra as facções criminosas.

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O DC apurou que essas são algumas das ações que o Estado irá acelerar com o objetivo principal de impedir a articulação de lideranças de grupos que agem de dentro das prisões, como o Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

O diretor do Deap, Leandro Lima, disse na Deic, nesta quarta-feira, que esse planejamento já existe e será concretizado. Ele avalia a ala de segurança máxima como uma das medidas mais importantes e viáveis, pois não necessita de sentença judicial, diferentemente do RDD, por exemplo, destinado a punir presos perigosos e com mau comportamento.

Em maio deste ano, alguns líderes do PGC que estavam no RDD em presídios federais retornaram ao Estado. Conforme o diretor do Deap, são apenas quatro os presos que foram transferidos e ainda há um número grande que cumpre o regime em outros estados.

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– O momento é de prender (autores da morte da agente) e também de aprender. Não negamos a existência de grupos e organizações criminosas, estamos trocando informações e providências estão sendo tomadas. Foi um crime contra o Estado e contra o sistema – declarou o diretor do Deap, referindo-se à morte da agente Deise Alves.

Leandro não quis se manifestar sobre a possibilidade de novas transferências de detentos da facção para presídios federais. Ele entende que o ideal é que fiquem isolados em prisões do próprio Estado.

Para dois delegados da Polícia Civil ouvidos pela reportagem, alertas deveriam ter sido intensificados medidante a constatação de ação de quadrilhas de dentro das cadeias. Os policiais consideram como medida essencial impedir a comunicação das lideranças com as visitas nas prisões.

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Diretor circula com escolta

Desde a morte da agente Deise Alves, autoridades do sistema prisional passaram a circular com escolta armada.

O diretor do Deap, Leandro Lima, anda com a companhia de pelo menos quatro agentes armados com metralhadora e pistolas. Os carros o seguem pelos lugares que se desloca.