A mobilização contra a escala de trabalho 6×1, que tem gerado debate nas redes sociais, tem feito a proposta avançar também em número de assinaturas. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL/SP) chegou a 134 assinaturas nesta segunda-feira (11).
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Para que a PEC chegue à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, são necessárias 171 assinaturas. Erika acredita que esse número será atingido ainda nessa semana, o que possibilitará que o projeto entre em tramitação.
Até o momento, o PT teve o maior número de deputados assinando a PEC, sendo 75 ao todo, seguido do PSOL, com 13 deputados, incluindo Erika Hilton, e do União Brasil, com 10 deputados.
ENQUETE: Você é a favor do fim da escala 6×1?
Continua depois da publicidade
O Podemos e o Partido Liberal (PL) só tiveram, até o momento, uma assinatura cada. A proposta tem encontrado resistência em partidos de direita.
Confira os deputados que assinaram pelo fim da escala 6×1
PSOL:
- Erika Hilton
- Célia Xakriabá
- Chico Alencar
- Fernanda Melchionna
- Glauber Braga
- Guilherme Boulos
- Ivan Valente
- Luiza Erundina
- Pastor Henrique Vieira
- Prof. Luciene Cavalcante
- Sâmia Bomfim
- Talíria Petrone
- Tarcísio Motta
PT:
- Bohn Gass
- Camila Jara
- Carlos Veras
- Carlos Zarattini
- Carol Dartora
- Dandara
- Del. Adriana Accorsi
- Denise Pessôa
- Dilvanda Faro
- Dimas Gadelha
- Dr. Francisco
- Elisangela Araujo
- Erika Kokay
- Fernando Mineiro
- Airton Faleiro
- Florentino Neto
- Alencar Santana
- Gleisi Hoffmann
- Alexandre Lindenmeyer
- Helder Salomão
- Alfredinho
- Ivoneide Caetano
- Ana Paula Lima
- Jack Rocha
- Ana Pimentel
- Jilmar Tatto
- Benedita da Silva
- João Daniel
- Jorge Solla
- José Airton Félix Cirilo
- José Guimarães
- Joseildo Ramos
- Juliana Cardoso
- Kiko Celeguim
- Leonardo Monteiro
- Lindbergh Farias
- Luiz Couto
- Luizianne Lins
- Marcon
- Maria do Rosário
- Merlong Solano
- Miguel Ângelo
- Natália Bonavides
- Nilto Tatto
- Odair Cunha
- Padre João
- Patrus Ananias
- Paulão
- Paulo Guedes
- Pedro Uczai
- Reginaldo Lopes
- Reginete Bispo
- Reimont
- Rogério Correia
- Rubens Otoni
- Rubens Pereira Júnior
- Rui Falcão
- Tadeu Veneri
- Valmir Assunção
- Vander Loubet
- Vicentinho
- Waldenor Pereira
- Washington Quaquá
- Welter
- Josias Gomes
- Zeca Dirceu
- Flávio Nogueira
PCdoB:
- Alice Portugal
- Daiana Santos
- Daniel Almeida
- Jandira Feghali
- Márcio Jerry
- Orlando Silva
- Renildo Calheiros
MDB:
- Rafael Brito
- Keniston Braga
- Elcione Barbalho
- Emanuel Pinheiro Neto
PDT:
- Dorinaldo Malafaia
- Duda Salabert
- Idilvan Alencar
- Josenildo
- Max Lemos
- Professora Goreth
- Marcos Tavares
PSD:
- Célio Studart
- Delegada Katarina
- Domingos Neto
- Laura Carneiro
- Stefano Aguiar
PSDB:
- Dagoberto Nogueira
- Geraldo Resende
PSB:
- Duarte Jr.
- Tabata Amaral (PSB/SP)
- Lídice da Mata
- Pedro Campos
UNIÃO:
- Daniela do Waguinho
- Douglas Viegas
- Meire Serafim
- Moses Rodrigues
- Pedro Lucas Fernandes
- Saullo Vianna
- Yandra Moura
- Carlos Henrique Gaguim
Continua depois da publicidade
PV:
- Bacelar
- Clodoaldo Magalhães
- Prof. Reginaldo Veras
SOLIDARIEDADE:
- Aureo Ribeiro
- Maria Arraes
PP:
- Daniel Barbosa
- Marx Beltrão
- Socorro Neri
- Thiago de Joaldo
PODE:
- Ruy Carneiro
AVANTE:
- André Janones
- Bruno Farias
- Pastor Sargento Isidório
REPUBLICANOS:
- Antônia Lúcia
- Ricardo Ayres
PL:
- Fernando Rodolfo
O que é a escala 6×1
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê algumas formas para dividir as 44 horas da jornada semanal de trabalho. Dentre elas, a escala 6×1, em que o empregado tem seis dias consecutivos de trabalho e um dia de descanso. Nessa escala, a empresa pode definir quais são os dias trabalhados e qual o dia da folga. Além disso, um dia de trabalho nessa escala gira em torno de 7 horas e 30 minutos.
A escala é uma das mais adotadas no Brasil, especialmente no varejo, restaurantes, hotéis e na indústria. O dia de folga não precisa, necessariamente, ser no fim de semana, mas a cada sete semanas, o trabalhador precisa folgar no domingo.
O que diz o Ministério do Trabalho
Segundo O Globo, o Ministério do Trabalho (MTE) defende que o fim da escala de trabalho 6×1 deveria ser tratado em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados.
Continua depois da publicidade
“O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. No entanto, a pasta considera que a redução da jornada de 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, diante de uma decisão coletiva”, diz a pasta.
O MTE afirma ainda que tem acompanhado de perto o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1. “Esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, levando em conta as necessidades específicas de cada área, visto que há setores da economia que funcionam ininterruptamente”, acrescenta o Ministério.
Leia também
Proposta para acabar com a escala 6×1 chega a 100 assinaturas
Veja vantagens e desvantagens em eventual mudança na escala 6X1 de trabalho