A sessão do Congresso para analisar 12 vetos presidenciais, marcada para a noite desta terça-feira, foi adiada pela segunda vez consecutiva, após senadores comunicarem que não iriam comparecer à sessão.

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A manobra foi resultado de um acordo entre os líderes, esvaziando a sessão e fazendo com que não houvesse quórum suficiente. A previsão é de que a votação ocorra só daqui a 30 dias.

O primeiro veto a ser analisado seria ao projeto que cria mais municípios. O projeto foi vetado totalmente pela presidenta Dilma Rousseff. O governo argumentou que a iniciativa aumentaria as despesas públicas, com a possibilidade de criação de quase 400 municípios a partir das novas regras. Para derrubar o veto presidencial, é preciso o voto da maioria absoluta das duas Casas, sendo 257 deputados e 51 senadores.

Os senadores devem negociar um texto substitutivo para o projeto, juntando os melhores pontos do texto original e do defendido pelo governo.

– Não vamos apreciar os vetos hoje, vamos adiar a sessão para daqui 30 dias e nesse intervalo construir um acordo – disse o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), autor da proposta, no início da tarde.

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Em fevereiro, na primeira sessão conjunta do Congresso, os parlamentares não conseguiram chegar a um acordo sobre os vetos. Com receio de que o veto fosse mantido, devido ao pequeno número de senadores presentes na sessão, os parlamentares decidiram adiar a votação.