Depois de horas de negociações, a entrada do Centro de Valorização de Resíduos (CVR), no bairro Itacorubi, em Florianópolis, foi liberada por volta das 16h30 desta terça-feira (21). O trecho foi interditado por manifestantes que são contra a terceirização da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap). Houve confusão no local durante todo o ato.
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Os protestos iniciaram durante a manhã. Dezenas de pessoas, segurando faixas e cartazes, pediam pelo fim da terceirização da coleta de lixo na Capital. Equipes da Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) e da Polícia Militar tentaram negociar com o grupo a fim de que o acesso ao CRV fosse liberada.
Porém, por volta das 12h, quando um caminhão de lixo tentou entrar no local, houve confusão entre os manifestantes e as forças de segurança, com o uso de balas de borracha e spray de pimenta. Ao menos seis pessoas ficaram feridas, entre protestantes e agentes da GMF.
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As negociações para a liberação da entrada continuaram durante a tarde. Por volta das 15h, o juiz Sérgio Roberto Bassch Luz, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), determinou o imediato desbloqueio do local. Ele afirmou que já há outra decisão que impede que o sindicato realize qualquer bloqueio no CRV e, por isso, os grevistas estariam descumprindo a determinação da Justiça.
O secretário municipal de Segurança Pública de Florianópolis, Comandante Araújo Gomes, então, voltou a conversar com os manifestantes. Nisso, o grupo realizou uma votação para decidir se o CRV seria liberado, mas a maioria optou por continuar o bloqueio.
Com isso, uma nova confusão se deu na frente do CRV, inclusive com a queima de pneus e o lançamentos de bombas de efeito moral. Segundo informações da NSC TV, os funcionários foram conduzidos para a SC-404, e a entrada foi desbloqueada.
De acordo com o comandante da GMF, Valcir Brasil, por volta das 16h30, os caminhões já haviam feito o transbordo no CRV e continuam a realização do serviço na cidade. Além disso, ele informou que já houve a dispersão da maioria dos manifestantes, porém, as equipes continuam acompanhando a movimentação no local.
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O Hora de SC tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) sobre a dispersão, mas não teve retorno até a publicação.
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