Pouco mais de seis meses após a Vigilância Sanitária ter interditado três escolas municipais, na zona rural de Joinville, por estarem consumindo água sem tratamento, a Secretaria Municipal de Educação lançou um pregão eletrônico para a compra e instalação de filtros em oito escolas, orçado em R$ 43,3 mil.
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PDF: confira as escolas beneficiadas
A medida foi tomada depois que um laudo da Companhia Águas de Joinville apontou que a água consumida nas unidades não era potável. A água vinha de poços artesianos e de rios.
A intenção é de beneficiar 370 estudantes. Atualmente, as unidades recebem água de forma improvisada: por meio de caminhão-pipa e bombonas de água mineral. No edital do pregão, a Educação argumenta que a instalação de filtros centrais nas entradas de água nas escolas na área rural é uma “medida definitiva” para “garantir a higiene aos alunos e funcionários”. As propostas das empresas que concorrerem ao pregão serão conhecidas na manhã do dia 14.
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A escola com mais alunos é a Honório Saldo, frequentada por 158 estudantes do 4º ao 9º ano. Localizada na Estrada do Quiriri, em Pirabeiraba, a escola recebe água de um caminhão-pipa duas vezes por semana para abastecer caixas d?água.
De acordo com a diretora Adriana Grubba Nunes Casas, mais cinco bombonas de água mineral são entregues toda a semana pela Prefeitura para o consumo. É só bater a sede, que os alunos vão correndo para o bebedouro. No início, Aquino Timóteo de Souza Neto, 12 anos, estranhou o gosto diferente da água, mas hoje enche o copo com vontade.
– É melhor do que a outra -, compara.
Quem concorda é a mãe dele, Magali de Souza, 37, que trabalha como servente na escola.
– Acho importante porque é uma água mais saudável para eles -, fala.
Mariana Vanessa Kruger, de dez anos, também entra na fila para beber a água mineral e diz que consegue perceber diferenças em relação à água que vinha do rio.
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– Essa tem um cheiro diferente -, fala.