Após interdição de escola em Florianópolis, prefeitura diz que situação dos alunos deve ser resolvida até sexta

Depois que a prefeitura de Florianópolis interditou e fechou a Escola Básica Municipal Anísio Teixeira, no bairro Costeira do Pirajubaé no último sábado (25), o secretário de educação de Florianópolis Maurício Pereira garantiu que os alunos devem ser realocados em outras unidades de ensino ainda nesta semana. Conforme Pereira, a secretaria de educação fará todo possível para que eles permaneçam nas mesmas turmas e com os mesmos professores.

O secretário de educação do município participou de uma reunião na manhã desta segunda-feira (27) com a Defesa Civil e a Associação de Moradores da Costeira. Ele conversou com a repórter do Diário Catarinense Caroline Stinghen e explicou as razões da interdição.

-Temos o laudo (da Defesa Civil), com a recomendação da interdição de outras alas e fechamento da escola. Nós não tivemos dúvida, em respeito à vida das crianças e dos profissionais – afirmou.

A filha de Elaine Cristina Costa tem 5 anos e frequenta a Educação Infantil da Escola. Embora reconheça a necessidade de interdição, ela afirma que a medida gera transtornos para todos.

– Para a comunidade inteira, tá todo mundo reclamando que não sabe como vai conseguir lidar com essa situação porque, na verdade, é quase um novo ano letivo, você vai ter que fazer uma nova adaptação, tentar encontrar horários e as crianças também vão ter que se adaptar – relatou.

Rachaduras

A Escola Anísio Teixeira atendia 550 alunos entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em outubro do ano passado, uma das salas da unidade foi fechada depois do surgimento de rachaduras. Em abril deste ano, a área interditada foi aumentada e agora o problema se estendeu a todo o prédio.

Um laudo elaborado por geólogos e engenheiros com as causas do problema foi divulgado, mas a prefeitura considerou inconclusivo.

Os alunos da Educação Infantil serão transferidos para escolas da rede municipal do bairro onde houver vaga. Já as crianças do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental devem ser encaminhadas para a Escola de Educação Básica Adotiva Liberato Valentim, que também fica na Costeira, e a unidades de ensino do estado em bairros próximos.

– Inclusive nos anos iniciais, vamos garantir o conceito de turma, para que todos estejam juntos – explicou.

Transferências

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos serão realocados na Escola Adotiva Liberato Valentim à noite. Conforme o secretário, se houver necessidade do transporte para as novas escolas, a prefeitura oferecerá e ainda fará todo esforço para que os alunos continuem com os mesmos professores.

– Temos o desafio dos professores alfabetizadores do 1º ao 4º ano. A ideia é que eles estejam nas novas escolas e estarão. Também temos o desafio do Ensino Fundamental 2, porque aí é diferente, temos os professores especialistas. Professor de história dá aula na Anísio e em outra escola, então, a gente vai ter que ver como vai ser essa logística toda – afirmou.

Ainda de acordo com Maurício Pereira, os alunos com necessidades especiais continuarão com um segundo professor na escola para onde forem transferidos. A expectativa é que os alunos estejam realocados ainda nesta semana.