Por Patrícia Silveira, NSC TV
Para Maria Luiza foi difícil aprender sobre verbo transitivo direto e indireto nesta terça-feira. A aula foi no refeitório, sem quadro, sem carteira individual, e com muito barulho. Nas palavras da aluna: está ruim ali e seria bem melhor na sala.
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A professora Raquel de Oliveira diz que os alunos estão tendo que enfrentar a passagem de outros estudantes, as conversas paralelas. O resultado: é complicado explicar matéria sem ter o apoio necessário, argumenta.
A sala do nono ano da escola Mário Garcia, em Camboriú, foi uma das queimadas durante um incêndio na madrugada de domingo para segunda-feira. Os vizinhos dizem ter visto dois garotos quebrarem essa janela e colocarem fogo.
O fogo começou na biblioteca e avançou para duas salas que ficam na sequência. Só que outras duas que ficam mais distantes também não podem ser usadas, de tão forte que é o cheiro. Além disso, tem a preocupação com a segurança.
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– O telhado das salas de aula está comprometido. Qualquer descuido, pode acontecer um acidente – afirma a diretora Marian Sampaio.
Centenas de livros que seriam usados pelos alunos nesse ano também foram queimados. E, se chover, molha o que sobrou, porque a biblioteca ainda está sem cobertura. Uma licitação emergencial será lançada para recuperar a estrutura. A expectativa é de que fique pronta até o fim do mês.
O gerente Regional de Educação Ken Ichi Becherer diz que fez contato com a Secretaria de Estado de Educação para que seja analisada a possibilidade de colocar vigias 24 horas nas escolas da região.