Cinco homens foram presos temporariamente e três adolescentes foram apreendidos na madrugada desta quinta-feira (8) durante uma operação da Polícia Civil para combater o tráfico de drogas na Grande Florianópolis.

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As prisões ocorrem após quatro meses de investigação da polícia e dois meses de filmagens da rotina dos criminosos. Para este trabalho, a polícia mobilizou 40 agentes.

As prisões desta madrugada foram nas comunidades da Maloca e Morro da Caixa, em Florianópolis; na Rua Santos Saraiva, em São José; e na Pinheira, em Palhoça.

Entre os presos há um gerente do tráfico, que fazia a comunicação com o líder. Conforme Guaspari, a polícia suspeita que os presos sejam ligados a organizações criminosas.

— Nossa intenção é desarticular o tráfico no local, para ter o controle do tráfico ali, para evitar que eles consigam dinheiro para comprar mais drogas e principalmente armamentos. A operação não vai extinguir o tráfico, isso é uma utopia — afirmou o delegado Atílio Guaspari Filho.

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Os detidos estão na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) no bairro Estreito na capital, onde devem ser ouvidos ainda nesta quinta. Segundo o delegado, após a conclusão do inquérito, eles devem ser indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Conforme Guaspari, durante a operação, os policiais verificaram que os usuários de drogas em sua maioria são moradores dessas comunidades, pessoas de todas as idades, que têm acesso a drogas a qualquer hora do dia.

— Os compradores [de drogas] são mulheres, homens, idosos, idosas e deficientes também. Tirando aquela máxima de que quem abastece o morro são os usuários de classe média, classe alta, a gente verificou que a maioria dos compradores são usuários que residem no local, de baixa renda — afirmou.

A operação foi chamada de Nova Caixa II, porque ocorre após uma grande operação contra o tráfico realizada em setembro.

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— Como os principais traficantes foram presos na primeira operação, eles se utilizaram de moradores de rua, adolescentes e pessoas novas no tráfico — disse Guaspari.