Novos atos de vandalismo contra imóveis de vereadores foram registrados em Florianópolis, informou neste sábado (23) a prefeitura da Capital. O último deles, durante a madrugada, ocorreu em um sítio do presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Katumi Oda (PSD). Segundo a prefeitura, houve uma tentativa de atear fogo no portão do imóvel.
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Ainda segundo a prefeitura, na quinta-feira (21), um artefato explosivo foi arremessado contra a casa do vereador Dalmo Meneses (DEM). O parlamentar registrou boletim de ocorrência. Os dois casos se somam ao ataque à farmácia do vereador Renato da Farmácia (PSDB), líder do governo na Câmara. O estabelecimento teve a vidraça estilhaçada no início da noite de quarta-feira (20). O caso é investigado pela Polícia Civil.
Os atos de vandalismo ocorrem em meio à tramitação da reforma administrativa proposta pelo prefeito Gean Loureiro (DEM). O texto prevê mudanças como a terceirização do serviços de coletiva de lixo de Florianópolis, o que motiva greve dos trabalhadores da Comcap, autarquia responsável pela limpeza pública e a coleta de lixo na Capital catarinense. A votação do projeto está prevista para segunda-feira (25).
Além dos imóveis dos vereadores, a Prefeitura de Florianópolis também informou que caminhões foram depredados dentro do pátio da Comcap, no bairro Itacorubi, e relatou ainda a destruição do vidro da porta do prédio da prefeitura durante uma manifestação dos trabalhadores.
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> Polícia Civil busca identificar suspeitos de vandalismo em farmácia de vereador
“Todos os fatos estão sendo repassados ao Tribunal de Justiça e aos órgãos policiais pela procuradoria do município”, informou ainda a prefeitura.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal em Florianópolis (Sintrasem), que representa os trabalhadores da Comcap, nega ligação com atos de vandalismo.
Em nota divulgada durante a semana, a direção do Sintrasem afirmou desconhecer “qualquer ação do tipo” e que “todas as ações do sindicato são públicas”. A categoria disse que “atitudes de desespero, quando ocorrem, são fruto da violência contra os trabalhadores da Comcap e suas famílias, ainda mais em meio a uma pandemia”.
> Greve da Comcap: entenda quais as mudanças nos benefícios dos servidores
Os trabalhadores da Comcap paralisaram as atividades na segunda-feira (18). Na quinta (21), os servidores realizaram um protesto e fecharam a ponte Pedro Ivo Campos, que dá acesso à Ilha de Santa Catarina. Os serviços de coletiva de lixo estão sendo realizados por uma empresa contratada pela prefeitura.
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Na noite desta sexta-feira (22), Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) determinou o bloqueio de R$ 200 mil nas contas Sintrasem, alegando o descumprimento de decisões judiciais que proíbem tumulto e bloqueio de espaços públicos e obrigam que os servidores da Comcap retornem ao trabalho.