A secretaria de obras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entrega nesta quinta-feira (14) um relatório ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) sobre a reforma da Igrejinha da universidade. A obra está embargada pela prefeitura desde o início de março pela falta de aprovação de projeto técnico de restauro.

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Um dos destaque do imóvel é o mural Humanidade, obra de Hassis (Hiedy de Assis Corrêa), que ocupa as paredes internas do antigo altar-mor e parte da nave central. Com 160 m² é a maior obra do artista.

A igrejinha é na verdade a antiga “capela da freguesia da Santíssima Trindade”, um edifício de valor histórico e cultural construído em 1848, inaugurado cinco anos depois. Na época, o bairro Trindade era ainda uma área rural de Florianópolis.

Fora da rotina

A reforma que começou em 7 de janeiro ocorre após 40 anos desde as últimas obras de melhoria, segundo a instituição. A previsão era de que fosse finalizada em maio.

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Além da reestruturação elétrica, o projeto da reforma também prevê a recuperação do reboco, a troca do piso por porcelanato, que se assemelha à madeira. Também deve compreender a climatização e prevenção contra incêndio e exaustão, para circulação de ar.

– Esse trabalho a gente faz todo dia no campus, achamos que se tratava de uma reforma de rotina, que não exige aprovação e autorização para executar o projeto, já que não é um imóvel tombado. Como, durante a reforma foram encontrados elementos da época da construção, a prefeitura entendeu que se trata de uma construção de interesse histórico. Vamos entregar o relatório e esperamos que a obra seja liberada o quanto antes – afirmou Paulo Roberto Pinto da Luz, secretário de obras da UFSC.

Durante a remoção do reboco que estava sobre a estrutura original, foram encontrados um altar na lateral direita, ainda da época de construção da Igrejinha. A área, com cerca de 10 metros quadrados, havia sido encoberta com tijolos.