O PMDB continua sendo o partido que mais tem cadeiras em Santa Catarina, seja no Senado, na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa. A legenda tem dois dos três senadores, cinco dos 16 deputados federais e dez das 40 cadeiras de deputado estadual. Manteve em 2014, a mesma representação obtida após as eleições de 2010.

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Essa predominância, no entanto, começa a ser ameaçada justamente por um aliado, o PSD. Há quatro anos, o grupo político de Raimundo Colombo, eleito governador, elegeu sete deputados estaduais pelo Democratas (DEM) – mesmo número que o PT. Nas eleições deste ano, agora filiados ao PSD, foram nove deputados, entre eles os quatro mais votados. E encolheram as bancadas do PT, do PP e do PSDB, rivais do governador em sua disputa pela reeleição.

Mesmo após o fim da tríplice aliança, com a saída do PSDB da coligação que apoiou Colombo, a base governista continua maioria graças a esse crescimento. Em 2010, Colombo tinha ao término das eleições 25 deputados que o apoiavam no Legislativo. Agora tem 24 parlamentares – mas 11 ex-aliados encontram-se “neutros” após a derrota de suas chapas ao governo.

Também há dois novos atores: o PR e o PSB. Ambas as legendas conseguiram dois deputados e passam a figurar dentre as representadas no Poder Legislativo estadual. O Partido da República disputou a eleição aliado a Colombo. Já o PSB estava na coligação do candidato Paulo Bauer que, derrotado, volta a exercer o mandato de senador. Por enquanto, estão independentes, mas os dois eleitos eram filiados ao PSD até o ano passado.

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A presença na Câmara dos Deputados registrou uma estabilidade. O PMDB repetiu a eleição de cinco deputados federais, assim como o mesmo grupo político do DEM, agora no PSD, com três parlamentares, além do PP e do PSDB, com dois eleitos cada. A bancada petista, no entanto, encolheu de quatro representantes para apenas dois. No espaço, entraram o PR e o PPS.

E o Senado continua com uma presença majoritária do PMDB. Desde 2010, com a eleição de Colombo ao governo do Estado, assumiu sua vaga o primeiro suplente, Casildo Maldaner (PMDB). Ao seu lado, nos últimos quatro anos, estavam também o Luiz Henrique da Silveira (PMDB), eleito em 2010 para o Senado, e Paulo Bauer, eleito com o apoio do ex-governador. A vaga de Maldaner acaba preenchida por outro peemedebista, o ex-prefeito de Florianópolis, Dário Berger. E o maior partido do Estado continua com 25% da Assembleia Legislativa, 31% da bancada catarinense na Câmara dos Deputados e 66% dos senadores catarinenses.