A greve dos servidores em Florianópolis chegou ao fim, nesta quinta-feira (15), após pouco mais de duas semanas de paralisação. A decisão ocorreu depois da segunda audiência de conciliação entre o sindicato e a prefeitura, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), quando uma nova proposta foi apresentada à categoria. Em assembleia nesta tarde, os profissionais aprovaram o documento.
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As discussões entre os grupos ocorriam desde meados de maio e, desde a decisão de greve em 31 de maio, o sindicato e a administração municipal enfrentavam tensão judicial. A paralisação chegou a ser considerada ilegal pela Justiça, que deu aval para que a prefeitura demitisse funcionários que aderiram ao movimento, assim como permissão para que a polícia intervisse nas manifestações.
Na primeira audiência de conciliação, prevista para a semana passada, a prefeitura não compareceu e afirmou que “não iria se reunir” com a categoria até que o grupo “estivesse desobedecendo a justiça”. A administração se referia ao pedido judicial para que os serviços voltassem ao funcionamento integral.
O sindicato pedia o cumprimento dos planos de carreira, valorização salarial, concurso público e não privatização e terceirização dos órgãos municipais.
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Na nova proposta, a prefeitura prometeu pagar reposição inflacionária e diferença de ganho real aos profissionais, mas manteve a intenção de terceirizar as UPAs Norte e Sul, na Capital, no entanto, sem demissões, conforme informou o órgão. Até o fim deste ano, as unidades serão administradas por Organizações Sociais em modelo híbrido, juntamente com os servidores atuais.
Em nota, a administração disse que a greve “não fez sentido”, e que a negociação poderia ter sido avançada antes da paralisação parcial dos serviços. O Sintrasem, porém, já havia afirmado que a prefeitura “não se colocou aberta para diálogo” durante toda a negociação.
— Mais uma vez, mostramos que a luta conquista direito. Saímos da greve com reajuste sem parcelamento, concurso público, pisos nacionais e descompactação da tabela do magistério, gratificações aos auxiliares, sem demissões e sem desconto pela paralisação — se posicionou o sindicado pelas redes sociais.
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